Prova de vida digital começa a ser testada esse mês no INSS

O projeto piloto da prova de vida digital começará a ser testado ainda este mês pelo INSS. O procedimento que usará a biometria facial vai possibilitar que o segurado prove que esta vivo, sem precisar comparecer presencialmente nas agências.

Prova de vida digital começa a ser testada esse mês no INSS
Prova de vida digital começa a ser testada esse mês no INSS (Imagem FDR)

Segundo o presidente do órgão, Leonardo Rolim, o procedimento será testado em 550 mil segurados de todo o país.

O INSS ainda não forneceu detalhes mais profundos sobre o projeto que será um facilitador para as pessoas que anualmente precisam se deslocar até uma agência do banco em que recebe o benefício, para comprovar que estão vivas e continuar recebendo.

Este projeto piloto deixa o procedimento mais rápido já que utiliza a biometria facial. De acordo com o Marcelo Cárgano, advogado especialista em proteção de dados pessoais e privacidade, a técnica dos reconhecimentos faciais criam um algoritmo a partir do rosto da pessoa, considerando pontos como distância entre o nariz e a boca, por exemplo, o formato e contorno dos olhos e até sinais como manchas e cicatrizes.

Todas estas características se transformam em um código que é conhecido como hash, que é ligado aos dados cadastrais, como o nome do indivíduo.

Danny Kabijo, o criador da startup FullFace, explica que os fraudadores são espertos, mas o reconhecimento facial é muito seguro.

“O mais importante é encontrar uma tecnologia que seja viva. que tenha confiança na empresa que está fornecendo o sistema”, disse Kabiljo.

Cuidados com o reconhecimento facial

Segundo Marcelo, entre as vantagens do sistema de biometria não será preciso decorar a senha, uma dificuldade para muitas pessoas que acabam criando senhas muito fáceis de serem descobertas e também em meio a pandemia é uma forma de evitar aglomerações.

O grupo de pessoas com dificuldade de locomoção como os idosos serão ainda mais beneficiados, pois não precisarão se dirigir ao atendimento.

Porém ele ressalta que a tecnologia mais segura do mundo precisa de um humano igualmente confiável.

Marcelo diz que o vazamento do código humano é muito mais sério que o de uma senha, já que elas podem ser trocadas sempre que for preciso mas o rosto é sempre o mesmo. Esta regra se aplica também para qualquer dado biométrico, como as digitais.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.