Os vendedores do Mercado Livre precisam ficar ligados ao oferecer seus produtos na plataforma, pois um golpe está sendo praticado no sistema. Os bandidos entramem contato com o vendedor enviando um falso comprovante de compra por e-mail, e assim eles conseguem roubar a mercadoria e os dados pessoais do vendedor.
Em um anúncio no mercado livre, os golpistas fazem perguntas sobre o produto e pedem para mandar o número de telefone para o vendedor, uma prática proibida.
Eles justificam o pedido dizendo que estão com dificuldades para comprar ou que precisam de mais informações.
Em apenas doze horas, o anúncio de um celular publicado no mercado livre recebeu cinco tentativas de golpe.
Através do WhatsApp, os criminosos fazem alguma pergunta qualquer ao vendedor e depois dizem que irão comprar no site. Em determinado momento na conversa, os fraudadores dizem que para completar a compra precisam de um e-mail de confirmação, o que é mentira.
Depois de mandar o endereço de e-mail, o vendedor recebe uma ou duas mensagens através dele com uma suposta confirmação de compra. O layout da mensagem é muito parecido ao utilizado pela plataforma, mas há algumas inconsistências e erros de digitação que podem identificar o golpe para vendedores mais experientes.
Ao verificar o Mercado Livre, o vendedor verá que não há qualquer notificação sobre a venda do produto.
Em um exemplo do golpe, o endereço usado pelos fraudadores é “nao-responder@mercadolivreeapp.com”, que não pertence ao Mercado Livre.
Foram enviadas duas mensagens por e-mail que até lembram uma comunicação oficial da plataforma. A primeira é uma suposta confirmação de compra, com dados da venda e do falso comprador.
Em uma das tentativas de fraude, o valor da compra mencionado no e-mail enviado estava errado em R$ 0,01. Mesmo com essa diferença pequena em termos financeiros, ela apresenta inconsistência nas informações.
Segundo o código penal brasileiro, esta prática é caracterizada como estelionato. A definição do crime é “obter, para si ou para outro, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento”. A pena prevista é de reclusão, de um a cinco anos, e multa.
O Mercado Livre em nota disse que “repudia o uso indevido de sua plataforma e orienta seus clientes a sempre verificarem o status de suas vendas e/ou compras na área “Minha conta”, disponível ao usuário logado no site”.
Lembrando que é imprescindível que as transações de pagamento sejam todas feitas em sua carteira digital, o Mercado Pago.