Vale a pena prorrogar prazo de financiamento do imóvel? Veja os prós e contras!

Em meio a uma das maiores crises econômicas do país, serviços bancários ganham novos prazos. Com a chegada do novo coronavírus, as instituições financeiras precisaram ofertar diferentes oportunidades para seus clientes. Entre elas, a permissão para pausar o pagamento de financiamento do imóvel vem sendo amplamente requisitada. No entanto, apesar de parecer tentadora, especialistas explicam que o procedimento deve ser tomado com muita cautela. 

Vale a pena prorrogar prazo de financiamento do imóvel? Veja os prós e contras! (Imagem: Reprodução - Google)
Vale a pena prorrogar prazo de financiamento do imóvel? Veja os prós e contras! (Imagem: Reprodução – Google)

A possibilidade de pausar o pagamento das parcelas do financiamento imobiliário vem gerando um alívio no bolso de muitos brasileiros.

De modo geral, os bancos estão permitindo que as tarifas atuais fiquem suspensas e passem a ser quitadas mais à frente. No entanto, há uma série de fatores que precisam ser considerados, como as taxas de juros e os novos prazos. 

Soluções propostas pelos bancos 

Para quem decide pausar os financiamentos, uma das opções propostas pelas instituições bancárias é a prorrogação da dívida. 

Nesse caso, as parcelas não são inseridas no saldo devedor, fazendo com que o valor em aberto seja transferido para uma quitação futura.  

— Se o saldo devedor cresce, e não tem amortização, o valor total aumenta porque há a incidência de juros sobre um montante maior. Então, ao postergar o pagamento, a dívida cresce — explicou Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). 

Desse modo, o especialista afirma é preciso calcular o valor extra e saber se ele cabe no orçamento mensal. 

Para as pessoas que realmente não podem quitar as prestações atualmente, o adiamento pode ser visto como uma boa proposta, tendo em vista que os juros estão em baixa.  

Tempo de carência do financiamento de imóvel

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), ao solicitar o adiamento do crédito o mutuário precisa ficar atento para verificar se o banco está prorrogando a dívida e não a renegociação. 

Desse modo, os valores devem ser mantidos mediante o contrato inicial, sendo alteradas apenas as quantidades das parcelas.  

Mediante a escolha do prazo, com a aplicação das taxas de juros, a quantia a ser paga deverá ser reajustada, mas não pode resultar em acréscimos para além das taxas de serviço.

Isso significa dizer que, se o financiamento do imóvel foi de R$ 500 mil, o banco não tem autorização para subir seu valor para R$ 600 mil e ainda assim aplicar juros.  

Conforme pontua a Febrabrana nova prestação deve ser apresentada ao cliente, para que ele possa verificar a correção e assim assine a prorrogação do contrato. 

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.