Taxas do cheque especial para PJ não param de crescer; entenda os impactos!

Mesmo com a queda de 30% na Taxa Selic, os juros do cheque especial aplicados pelos bancos para as micro e pequenas empresas foi reduzido em apenas 3%. A empresa Capital Empreendedor que é especializada em indicação de crédito para PMEs foi a responsável pelo levantamento que tem como base os dados do Relatório Semanal de Juros do Banco Central.

Taxas do cheque especial para PJ não param de crescer; entenda os impactos!
Taxas do cheque especial para PJ não param de crescer; entenda os impactos! (Imagem FDR)

As medias são móveis e mudam a cada cinco dias terminando na data selecionada. O recorte selecionado para esta pesquisa mostram dados de 10 de março deste ano, data em que a Organização Mundial da Saúde classificou como pandemia o surto de coronavírus pelo mundo, a até 1º de junho.

A variação registrada da Taxa Selic de março para junho foi de 4,25% para 3% ao ano, que realizando a conversão giraria em torno de 0,34% para 0,24% ao mês. Os níveis bancários não acompanham por causa das políticas de risco de crédito que cada instituição pratica.

Os bancos acabam preservando sua rentabilidade com um spread maior, devido a uma potencial inadimplência crescente devido à pandemia.

“A única forma dos cinco bancos se comportarem de outra forma seria por meio de um aumento da concorrência”, explicou Juliano Graff, sócio-fundador da Capital Empreendedor e coordenador da pesquisa.

O Banco do Brasil foi um destaque. Na primeira janela, o banco possuía taxas de 13,46% ao mês. Já na segunda ocasião pesquisada, 14,59%, representando um aumento de 8%.

Ainda falando sobre bancos públicos, a Caixa Econômica foi na direção oposta do BB. Houve uma queda nos juros comparados em que as taxas caíram de 10,01% para 9,03% ao mês, 10% mais baixas. Estes números caracterizam uma das maiores reduções entre os bancos pesquisados.

Entre os cinco maiores bancos do país, o Itaú Unibanco registrou taxas 3% maiores. A média foi de 13,29% para 13,71% ao mês.

Já o Bradesco e Santander diminuíram de forma extremamente tímida os juros. O Bradesco reduziu 3%, indo de 14% para 13,65% ao mês. O Santander, somente 1% indo de 13,88% para 13,78% ao mês.

O banco BMG foi o único que realizou uma redução expressiva, em linha com a Selic. O banco impôs uma queda de 37% nas taxas do cheque especial para as empresas, com taxas que foram de 8,99% para 5,67% ao mês.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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