Educação em pauta no Renda Brasil. Nessa semana, em reunião com representantes da Fundação Roberto Marinho, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, sugeriu propostas com a finalidade de diminuir a evasão escolar. Durante o debate, apresentou números que comprovam que o país perde mais de R$ 214 bilhões com a ausência dos jovens nas escolas e propôs soluções.
Com o lançamento do Renda Brasil, que substituirá o atual Bolsa Família, muito tem se falado sobre a reformulação dos projetos sociais federais. Mediante a essa pauta, Rodrigo Maia vem avaliando as possibilidades de o novo programa incluir o direito a educação de crianças e adolescentes.
Em debate, o parlamentar explicou que o Brasil vem acrescendo muito com a ajuda do Bolsa Família e do Fundeb (fundo de financiamento da educação básica). No entanto, tais ações ainda não são o suficiente para reduzir o número da desigualdade social, segundo ele.
— Os desafios não são pequenos e a educação é o maior deles. Temos um estado muito desigual. Discutimos o que seria uma renda básica no futuro, para depois do auxílio emergencial, a herança que teremos desse período de pandemia (…) Será que não devemos estimular o jovem a família dele para que termine o Ensino Básico, até no valor de uma renda mínima no futuro? — ponderou, durante um evento realizado pela Fundação Roberto Marinho (FRM) e o Insper.
Índices da educação no Brasil
Para validar sua fala, Maia apresentou números da pesquisa “Consequências da violação do direito à educação”, desenvolvida pela FRM e pelo Insper.
De acordo com os dados levantados, anualmente 17,5% dos jovens brasileiros abandonam a escola, totalizando uma média de 575 mil adolescentes de 16 anos sem o ensino fundamental completo.
Para poder chegar a esse número, o estudo levou em consideração o valor que o governo federal investe na educação e o quantitativo que é desperdiçado quando o processo de formação não é concluído.
Desse modo, pode-se comprovar que o ministério da educação aplica R$ 90 mil por aluno durante todo o seu ciclo base. Quando ele desiste dos estudos a perda é de R$ 372 mil, quatro vezes maior, tendo em vista a impossibilidade da empregabilidade e remuneração.