São muitas as especulações sobre até quando será pago o auxilio emergencial do governo. Nesta quinta-feira, 9, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo federal não tem condições financeiras de manter o pagamento da ajuda de R$600 por muito tempo.
Mesmo tendo contraído coronavírus, o presidente continua minimizando os riscos da doença e pedindo para os governadores e prefeitos reabrirem a economia o mais rápido possível.
Segundo Bolsonaro, o auxílio tem um custo altíssimo para o governo. Estas declarações aconteceram na live pela internet que ele realiza todas as semanas.
“Do vírus, quem tem que se proteger é o idoso. Meu caso, tenho 65 anos, e pessoas com comorbidades. Os demais têm que tomar cuidado, mas, se contrair o vírus, não precisa entrar em pânico. A preocupação com o emprego existe, é grande. Se coloque no lugar do chefe de família que ganhava R$ 2 mil e perdeu o emprego. E tem 40 milhões de informais no Brasil. Esses, em média, perderam 80% do seu poder aquisitivo”, disse.
Bolsonaro disse que o auxilio custa mensalmente R$50 bilhões aos cofres públicos e que não é possível se endividar tanto assim e que se o comércio não for reaberto o mais rápido possível, os problemas vão se agravar e muito no país.
Falando da economia, o presidente disse que ela começou a dar sinais positivos de recuperação e citou os 100 mil pontos atingidos pela Bolsa de Valores ontem e também a taxa de juros de 2,5%, o menor patamar na história. Mas ele acredita que só com a reabertura do comércio, a retomada da economia acontecerá de fato.
“Há sinais na economia, mas precisamos que governadores e prefeitos, dentro das responsabilidade que eles têm, comecem a abrir comércio. Caso contrário, as consequências serão danosas para todo o Brasil”, finalizou.
Fila de espera para 1ª análise do auxilio ainda tem 1,3 milhão de pessoas
O auxílio emergencial do governo foi criado para ajudar os trabalhadores autônomos em meio a pandemia do coronavírus e começou a ser pago em abril.
Após quase três meses do inicio dos pagamentos, 1,3 milhão de pessoas ainda aguardam a primeira análise que é realizada pela Dataprev para ter acesso a ajuda governamental.