Novo projeto social do governo terá reajuste de pagamento positivo para seus beneficiários. Nessa semana, representantes do governo federal se reuniram para estruturar o texto do Renda Brasil. O novo programa ministrado pelo Ministério da Cidadania substituirá o atual Bolsa Família e promete conceder valores até R$ 300, maiores do que o ofertado atualmente.
De acordo com a agenda do poder público, a proposta deverá passar a funcionar a partir de outubro, mediante a finalização do auxílio emergencial.
Em entrevista, o ministro da economia, Paulo Guedes, explicou que o Renda Brasil funcionará de forma unificada. Isso significa que, outros benefícios públicos, como o abono salarial, serão finalizados para que o pagamento ocorra uma única vez.
A ideia é criar uma espécie de carteira mensal, onde os cidadãos em situação de vulnerabilidade social sejam contemplados.
Para isso, a recepção do projeto será amplificada. De acordo com Guedes, as regras de aceitação dos cadastrados levarão em conta não só os informes de renda, como também a posição do cidadão no mercado de trabalho.
O ministro explicou que, mais do que liberar valores para quem está no índice de pobreza, o projeto deseja proporcionar experiências profissionais para que em um médio prazo esse brasileiro consiga se sustentar sem auxílio público.
Parceria com o Verde e Amarelo
Dentro dessa perspectiva, o Renda Brasil deverá permitir que seus cadastrados possuam vínculos empregatícios. Os contratos para estes serão feitos como uma espécie de estágio, com salários menores e também sem direito a benefícios trabalhistas como seguro-desemprego, entre outros.
Bolsonaro defendeu que, desse modo, os segurados do Renda Brasil poderão obter experiência e assim terem autonomia para se desenvolverem sozinho. No entanto, enquanto essa elevação de cargo não acontecer, ainda terão direito aos auxílios financeiros do governo.
Estratégia de campanha
De acordo com os analistas do cenário político, as estratégias já anunciadas por Paulo Guedes e Jair Bolsonaro fazem parte de um plano de ação para se aproximar dos eleitores mais pobres.
Os gestores estariam tentando reforçar uma base de apoio desse grupo, tendo em vista que a classe média vem demonstrando-se insatisfeita mediante ações como a reforma da previdência.
Segundo um levantamento da pesquisa Data Folha, somente as mulheres do Bolsa Família garantiriam ao presidente uma faixa de 30% de aceitação.