Pandemia do novo coronavírus fecha as portas no mercado de trabalho. Nessa segunda-feira (29), o Ministério da Economia divulgou o último balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), demonstrando que 1,487 milhões de vagas de emprego foram barradas. De acordo com os números, entre os meses de março e maio houve o maior índice de desligamentos, contabilizando uma média de 703.921 contratações e 1.035.822 demissões.
Se comparado ao no de 2019, a quantidade de oportunidades trabalhistas em todo o território nacional caiu em 48%. Entre janeiro e dezembro do ano passado, o ministério da economia registrou novos 32.140 postos.
Somente no mês de abril, período inicial da pandemia, o crescimento na taxa de contratações foi de 14%. No entanto, entre maio e junho, considerados os meses de maior tensão mediante a crise econômica, o quantitativo foi reajustado em 31,9%.
Possibilidade de retomada das vagas de emprego
Secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, ressaltou que, mesmo diante dos números negativos, ainda é possível afirmar uma possibilidade de recuperação.
Ele explicou que, nos próximos meses, tendo passado o período mais crítico da pandemia, espera-se que o mercado dê início ao seu processo de retomada, fazendo com que novos servidores sejam contratados.
“É bom que se repita que qualquer emprego perdido não pode ser tido como algo positivo. Trabalhamos diariamente para que não tenha nenhum emprego a menos. No entanto, temos que deixar claro esse fator que nos parece auspicioso, que nos dá esperança, que é a reação clara do mercado de trabalho nesse mês de maio em comparação com o mês de abril”, afirmou.
Somente no ano passado, contabilizando todo o número de contratações, o país registrou mais de 1.144.875 postos formais de trabalho. Em seu primeiro semestre, o mercado teria gerado uma média de 351.063 vagas formais.
Seguro desemprego
Diante do número de demissões, cresce também os valores liberados com o seguro desemprego. O benefício, ofertado entre 3 a 5 parcelas, conta com pagamentos entre R$ 1.045 (salário mínimo) a R$ 1.813,03. Só pode ter acesso a ele quem foi demitido sem justa causa sinalizando o fim do contrato e não sua suspensão temporária.