Pagamento do BEm veio com erros? Governo assume falha e promete data de compensação

Aconteceu um erro no sistema de processamento de dados da Dataprev, fazendo com que quase 100 mil trabalhadores tivessem o valor de pagamento do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm) reduzido. 

Pagamento do BEm veio com erros? Governo assume falha e promete data de compensação
Pagamento do BEm veio com erros? Governo assume falha e promete data de compensação (Foto: Google)

Esse problema afetou quem já recebeu a segunda parcela do auxílio na segunda semana do mês de junho, e também para as pessoas que estão programadas para receber nos próximos dias. 

Além da redução no valor do benefício, o que foi pago na primeira parcela passou a ficar registrado de maneira errada no sistema do governo, pagando menos que o beneficiário recebeu no mês anterior. A promessa é de que o pagamento seja regularizado, sem erros, a partir de 7 de julho. 

O BEm foi criado por meio da medida provisória (MP) 936, editada no mês de abril para enfrentar à crise econômica causada pelo coronavírus.

A MP autorizou os patrões a negociarem com seus empregados acordos de suspensão temporária dos contratos de trabalho por até 60 dias e redução de jornada e de salário, até 90 dias. 

O dinheiro está sendo depositado para os empregados intermitentes, ou seja, sem jornada ou salários fixos e para os que fizeram acordo de redução de salários ou suspensão do contrato de trabalho.

O BEm é uma ajuda do governo para completar a renda daqueles que trabalham com carteira assinada, mas tiveram mudança na sua renda. 

Esse benefício é diferente do auxílio emergencial pago aos desempregados, informais, autônomos e microempreendedores de baixa renda. 

Os empregados intermitentes com carteira assinada até o dia 1º de abril têm direito de receber três parcelas de R$600, a primeira delas deve estar disponível nesta segunda-feira (4), no aplicativo Caixa Tem.

Já para os trabalhadores que fizeram acordo para redução temporária de jornada e salário ou suspensão temporária do contrato de trabalho, o valor varia entre R$ 261,25 e R$ 1.813,03 por mês, por até três meses. A quantia é equivalente ao seguro desemprego. 

A assessoria de imprensa da  Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia admitiu o erro e o atribuiu à Dataprev, que é a empresa que realiza o processamento do programa.

Em nota, a Secretaria informou que foi feita uma atualização no sistema no dia 19 de junho para inclusão de novos dados de algumas empresas e trabalhadores, o que acabou afetando outros acordos e não apenas os novos.