Neste ano, muitos dos municípios do Nordeste tiveram que cancelar ou adiar as festas de São João por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus. Essas atitudes podem resultar em um prejuízo de pelo menos R$1 bilhão na economia dos principais estados da Região Nordeste.
Essa é uma estimativa apenas para as maiores festas juninas que acontecem nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Bahia. Por isso, o impacto deve ser ainda maior, já que nas outras cidades são realizados comemorações menores.
Nas cidades de Caruaru (PE) e de Campina Grande (PB), no quais acontecem as festas juninas mais famosas do país, foi deixado de movimentar juntas cerca de R$400 milhões neste período do ano. Já em Mossoró (RN), a festa tinha a expectativa de movimentar R$94 milhões.
Além da festa ter sido afetada, há uma cadeia produtiva, que inclui a produção de pratos típicos, licor artesanal, fogos de artifício, transporte aéreo, rodoviário, hotelaria e até aluguel de casas.
Na cidade de Campina Grande, a movimentação dos turistas iriam começar a chegar em maio, com a realização de festas privadas nos arredores da cidade.
O São João iria movimentar R$200 milhões, conseguindo gerar uma receita de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em junho que supera até o mês de dezembro.
Na cidade de Caruaru, que normalmente atrai mais de 3 milhões de pessoas durante esse período, o cancelamento da festa sofreu um impacto na geração de postos de trabalho. Ao todo cerca de 12 mil empregos diretos e indiretos que seriam gerados na cidade não foram disponibilizados.
A rede de hotelaria também sofreu, no período de maio e junho, a sua ocupação seria de 100%, mas hoje, estão fechadas.
Em Gravatá, cidade que atrai muitos turistas durante essa época do ano, há apenas dois hotéis e uma pousada que estão funcionando.
Já em Caruaru, os grandes hotéis demitiram os funcionários ou deram férias coletivas neste período. Todos os eventos relacionados ao São João foram remarcados para o próximo ano, 2021.