Novidades no mercado financeiro. As fintechs estão cada vez mais conquistando espaço. Nessa semana, o Banco Digio informou que atingiu a marca de 300.000 contas, sendo lançado em apenas três meses. Com o isolamento social, a procura por serviços digitais aumentou, fazendo com que a marca ganhasse destaque.
A digioConta foi anunciada pouco antes da chegada da pandemia do novo coronavírus e permite que seus clientes façam transferências, recarreguem seu celular, emitiam boletos e saquem dinheiro sem cartão na rede de caixas eletrônicos do Banco24Horas.
Além das atividades já em andamento, o Digio também permitirá pagamento de boletos e portabilidade de salário. A ampliação dos serviços faz parte do processo de expansão da plataforma que deseja atrair 5 milhões de clientes até o fim de 2023.
Em entrevista à revista Exame, Carlos Giovane Neves, presidente do banco Digio, informou que deseja alcançar a marca de R$ 1 bilhão de empréstimo nos próximos anos.
“Vamos pegar o que a Ágora (Bradesco) e o BB têm de melhor para oferecer aos nossos clientes. Depois, poderemos distribuir fundos de terceiros, afinal a meta é se tornar uma plataforma financeira agnóstica”, afirma Neves.
Com o isolamento social, durante o tempo da quarentena o número de transições no banco dobrou. A marca ampliou o parcelamento das faturas, que agora são de 24 meses e diminuiu suas taxas de juros de 8,9% para 7,9%.
Para quem estava com prestações entre as datas 5 de maio e 1 de junho, as cobranças foram diminuídas em 4,90%. Além disso, também foi criado um cartão virtual para todos os clientes que não tinham recebido a versão física.
“A demanda por cartão de crédito aumentou 20%; só neste mês, recebemos 900.000 pedidos. Ao mesmo tempo, houve queda de 30% na solicitação de empréstimos. Nós também nos tornamos mais seletivos na concessão de financiamento”, declarou o gestor.
Sobre os planos para o próximo ano, Neves afirmou que há grandes projetos. “Já em 2021, não tem nada que nos impeça de acessar os microempreendedores individuais (MEIs) e aí, mais pra frente, podemos pensar em atender PMEs, apesar de não estar no nosso escopo atual”, completou.