Nesta quarta-feira (17), o Comitê de Política Monetária do Banco Central confirmou que será realizado mais um corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros do país, mais conhecida como Selic. A taxa caiu de 3% a 2,25% ao ano, alcançando uma mínima histórica. Essa redução era esperada por analistas de mercado e interfere diretamente no Pronampe, que é o programa criado pelo governo para apoiar às microempresas e empresas de pequeno porte.
O programa de crédito que foi criado pelo governo durante esse período de crise econômica causada pelo coronavírus, e possuí uma taxa anual igual à Selic acrescentando 1,25 ao ano. Sendo assim, o Pronampe ficará com uma taxa de 3,5% ao ano.
Os bancos que aderirem ao programa vão entrar com recurso próprio para o crédito, mas terão uma garantia do Fundo de Garantia de Operações, que serão operacionalizadas pelo Banco do Brasil, em até 85% do valor.
Na terça-feira (16), a Caixa já havia anunciado como iria ser operacionalizada a linha de crédito do Pronampe.
Essa linha possui uma carência de cerca de 8 meses, com taxa de juros Selic mais 1,25% ao ano e um financiamento de 28 parcelas.
O valor emprestado irá depender do CNPJ e terá 30% da receita bruta anual, levando em consideração a base no exercício de 2019.
A contratação desse empréstimo pode ser feito pela página da Caixa: www.caixagov.br/pronampe.
Os pequenos empresários que tem interesse pelo crédito e aguardam o contato do gerente do banco para envio de documentação e demais informações. A aprovação desse empréstimo está condicionada ao risco de crédito.
Além de bancos públicos, a partir da próxima semana os bancos privados do país vão ofertar a linha em nome do Pronampe.
De acordo com o diretor executivo comercial responsável por Itaú Agências, Itaú Uniclass e PMEs, Carlos Vanzo, essas linhas são essenciais para os bancos nesse momento.
“Linhas como essa são fundamentais para irrigar a economia e ajudar companhias que têm necessidade de caixa”.
Para André Rodrigues, diretor executivo responsável pelo banco de varejo, diz que ouviu críticas relacionadas à rentabilidade do crédito. “Independentemente de retorno, o foco é compor uma alternativa para as PMEs. No fim, todos saem ganhando”.
Outro banco que está se preparando para poder oferecer o crédito é o Bradesco Segundo Leandro Diniz, diretor de empréstimos e financiamentos do banco eles vão aderir ao Pronampe voltados para empresas com faturamento anual entre 360.000 e 300 milhões de reais.
O banco quer ter os sistemas já preparados para a linha do Pronampe no final do mês de junho para julho.
O banco Santander, disse por meio de nota que está discutindo os detalhes com os órgãos participantes do processo “para adequar os fluxos de contratação destas operações”.