Governo federal lança projeto para beneficiar pequenos, médios e grandes produtores. Nessa quarta-feira (17), durante um evento no Palácio do Planalto, o ministério da agricultura informou que o Plano Safra 2020/2021 contará com uma liberação de R$ 236,3 bilhões. A liberação dos recursos começará a ser feita a partir de julho e se manterá até junho do ano que vem.
Para poder ser um contemplado do projeto, é preciso estar registrado como produtor rural. Desse modo, por meio dos informes de renda e comprovação do modo de trabalho, o agricultor contará com auxílios fiscais para que suas plantações sejam incentivavas.
O pagamento varia de acordo com a situação de cada cadastrado, e será repassado das seguintes maneiras:
- R$ 33 bilhões para agricultores familiares participantes do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf);
- R$ 33,20 bilhões para médios agricultores (Pronamp);
- R$ 170,17 bilhões para demais produtores e cooperativas.
De acordo com o Ministério da Agricultura, ao todo serão investidos R$ 179,38 bilhões em linhas de crédito custeio e comercialização, e R$ 56,92 bilhões em infraestrutura. No que diz respeito as taxas de juros, elas serão aplicadas em:
- 2,75% a 4% ao ano para pequenos produtores, participantes do Pronaf.
- 5% ao ano para os médios produtores, participantes do Pronamp;
- 6% ao ano para os grandes produtores.
Recursos na pandemia além do Plano Safra 2020/2021
Além dos valores acima, o secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Eduardo Sampaio, disse que ainda haverá novos recursos destinados para o setor de cana de açúcar, considerado o mais afetado pela crise do novo coronavírus.
De acordo com ele, esse mercado contará com linhas de crédito de modo que possam refazer a circulação econômica entre usinas e agricultores e assim melhores as formas de negociações.
Ciente da medida, a União de Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) celebrou e afirmou que era um pedido já realizado ao poder público, tendo em visto que a pandemia reduziu ao máximo o consumo de etanol no país.
“Com o etanol, você reduz em 90% a pegada de carbono em relação à gasolina. Então, esse apoio ao setor nesse momento difícil é uma marca de apoio à sustentabilidade do Brasil”, afirma o presidente da Unica, Evandro Gussi.