Presidente do INSS sugere nova reforma na previdência para conter crise

Nesta segunda-feira (1), o presidente do INSS, Leonardo Rolim, afirmou que os estados e municípios precisam avançar com relação a agenda de reforma de suas previdências públicas de forma a enfrentar a crise gerada pela pandemia do coronavírus. 

Presidente do INSS sugere nova reforma na previdência para conter crise
Presidente do INSS sugere nova reforma na previdência para conter crise (Imagem FDR)

Rolim citou os estados que possuem mais aposentados e pensionistas do que os servidores na ativa, como o Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro,Santa Catarina,Espírito Santo e Minas Gerais.

O presidente do INSS participou da 32ª edição do Fórum Nacional, promovido pelo economista Raul Velloso, que foi realizada a  transmissão pela internet nesta segunda-feira (1).

“Os estados e a União, assim como as capitais, já envelheceram. Já temos uma relação desequilibrada. O aumento com despesa de pessoal levou à crise dos estados”,afirmou Rolim.

Ele disse ainda que é necessário que os estados e municípios busquem maior diversificação de seus investimentos, principalmente nesse momento de crise.

Foi apontado que cerca de 90% dos recursos previdenciários estão aplicados em títulos públicos e deveriam ser destinados para os investimentos de longo prazo, ou seja, como projetos em infraestrutura, em parcerias público-privadas e até em concessões de serviços públicos.

Na visão de Rolim, a reforma da previdência que foi aprovada no ano passado, vai permitir que o Brasil supere de forma mais rápida a retomada da economia quando acabar a pandemia.

“Com a reforma, a despesa da previdência em relação ao PIB se estabilizará nos próximos anos. Esse é um diferencial para permitir que tenhamos uma retomada do crescimento na geração de emprego pós-pandemia. Imagina se tivéssemos um cenário de aumento de gastos sem a reforma. A situação seria mais dramática que a que temos hoje”, disse. 

O efeito é fundamental para estimular a retomada do crescimento econômico com o fim da pandemia.

Em entrevista ao jornal O Globo, o economista Raul Velloso comentou que o agravamento econômico que foi causado pelo coronavírus, os governos de estados e municípios terão de gastar mais, mesmo sem ter recursos em caixa. Por conta disso, ele ressaltou a necessidade de aumento dos investimentos, sobretudo em infraestrutura.