Micro e pequenas empresas terão novidades a partir da aprovação de projeto de lei nesta quarta (27) na Câmara dos Deputados. De acordo com o texto, as inscritas no Simples Nacional poderão quitar dívidas com condições diferenciadas.
Para este procedimento é necessário fazer um acordo com a Fazenda Pública através da transação tributária. Com isto, as micro e pequenas empresas podem extinguir as dívidas que possuem junto à União.
Aprovado por 452 votos a favor e nenhum contra, agora o texto segue para avaliação do Senado Federal. Ainda não há data para votação e, caso venha a ser aprovado, ainda é necessário a sanção presidencial para virar lei.
A transação tributária virou lei em abril deste ano. Desde então, é usada para a negociação e formulação de acordos entre a União e o dividendo. Existem algumas modalidades de transação determinadas e passíveis a realização, são elas:
- Cobrança de créditos inscritos na dívida ativa da União, de suas autarquias e fundações públicas, ainda sendo observada caso cobrança seja competência da Procuradoria-Geral da União;
- Casos de contencioso judicial ou administrativo tributário;
- Contencioso tributário de pequeno valor.
Quando se trata de pessoa jurídica, descontos podem ser aplicados na transação que podem chegar até 50% do valor sobre o crédito. Além disto, o valor negociado pode ser paga em até 84 meses.
Já quando é pessoa física, micro e pequenas empresas, no caso do referido acima, o desconto ainda é maior, chegando a 70% e também sendo possível realizar a quitação de toda dívida em até 145 meses.
Quando foi aprovada, a lei não permitia que o uso deste benefício fosse aplicado aos Simples Nacional, “não poderiam as microempresas e empresas de pequeno porte ser beneficiadas pelas regras de transação tributária”, destacou um parlamentar.
Mas caso haja a validação do texto aprovado na Câmara haverá a inclusão deste público. Para o autor do texto, deputado Gustinho Ribeiro a medida é extremamente necessária na atual situação econômica que o país passa com a pandemia.
Devido ao processo de isolamento social e crise financeira que atinge principalmente os médios negócios, o governo liberou uma verba de R$15 bilhões para ser usada pelas micro e pequenas empresas. E tem trabalhado para que os empréstimos alcancem cada vez mais esse público.