Plano São Paulo: veja como vai funcionar a ‘quarentena inteligente’ no epicentro do Covid-19

PONTOS CHAVES

Nesta quarta-feira (27), o governador de São Paulo, João Doria apresentou o plano São Paulo para que seja realizada a reabertura de alguns setores da economia local. A quarentena no estado começou em meados em março, e desde então foi sendo prorrogada. Agora, o governador fala em uma quarentena inteligente que possa manter o índice de proteção social, mas reaquecendo a economia. 

Plano São Paulo: Veja como funcionará a 'quarentena inteligente' no epicentro do Covid-19
Plano São Paulo: Veja como funcionará a ‘quarentena inteligente’ no epicentro do Covid-19 (Foto: Sérgio Lima/Poder360 09.dez.2019)

A primeira etapa desse plano de saída do isolamento social é denominado pelo governo de “retomada consciente”, que vai vigorar entre os dias 1º a 15 de junho. 

No dia 1º de junho, os índices de ocupação hospitalar e das evoluções dos casos em cerca de 17 regiões do estado vão definir cinco níveis restritivos de retomada produtiva, de acordo com os critérios médicos e epidemiológicos definidos para que o sistema de saúde continue em funcionamento e para que não fique sobrecarregado.

De acordo com o governo, essa nova fase não é um relaxamento dos cuidados e sim de vigilância, mas um ajuste voltado para as regiões.

O plano vai se aplicar para as cidades que tiveram uma redução consistente de casos e disponibilidade de leitos. Sendo assim, o governo vai utilizar bandeiras para sinalizar as cinco fases de retomada. 

Essas fases serão determinadas pelo acompanhamento semanal da média da taxa de ocupação de leitos de UTI, que são usados exclusivamente para os pacientes contaminados pelo coronavírus e o número de novas internações no mesmo período. 

As regiões só poderão passar a uma reclassificação de etapa, evoluindo para uma restrição menor ou maior, após o período de 14 dias do faseamento inicial, mantendo os indicadores de saúde estáveis.

O Estado foi dividido em cinco zonas de risco, avaliadas de acordo com indicadores como capacidade hospitalar pública e privada, além da evolução da disseminação da covid-19.

A liberação foi definida por fases e elas possuem características para que os municípios atinjam.

Fases de Flexibilização no Plano São Paulo 

Segundo os critérios, cada um dos municípios serão enquadrados em zonas:

A zona azul prevê a liberação de todas as atividades econômicas de acordo com que foi definido, nele a taxa de ocupação da UTI deve estar abaixo de 60% e baixa incidência de novos casos, ou normal controlado.

A segunda zona é a verde, na qual há menores restrições para os comércios, para isso é necessário que o município tenha a taxa de ocupação de leitos de UTI abaixo de 60%.

Na fase amarela, haverá reabertura total de serviços imobiliários, escritórios e concessionárias segundo protocolos sanitários. Comércio de rua, shoppings e salões de beleza, além de bares, restaurantes e similares poderão funcionar com restrições de horário e fluxo de clientes. Nele os hospitais deve ter uma taxa de ocupação de leitos de UTI entre 60% e 80%.

A etapa laranja, prevê retomada com restrições a comércio de rua, shoppings, escritórios, concessionárias e atividades imobiliárias. Os demais serviços não essenciais continuam fechados. 

Essa é considerada a zona de controle, no qual a taxa de ocupação de leitos de UTI acima de 80%. Estão nessa fase a capital e outras dez regiões no interior e litoral norte.

Por fim, a fase vermelha prevê o funcionamento apenas dos serviços essenciais, que é a fase em que boa parte da região paulista está.

Atualmente, todas as cidades estão enquadradas nas três primeiras zonas de atenção. A flexibilização no interior foi definido pelos baixos índices de contaminação, mas manteve sistema mais rígido também na região metropolitana.

Nos 645 municípios, a indústria e a construção civil vão continuar funcionando normalmente.  A interdição total de espaços públicos, teatros, cinemas e eventos que geram aglomerações, como festas, shows, campeonatos etc, continuam sem previsão de retomada.

Assim como a volta das aulas presenciais e o retorno da capacidade total das frotas de transportes, seguem sem previsão.

Quarentena

O governador anunciou ainda que João Gabbardo dos Reis, que é ex-secretário executivo do Ministério da Saúde irá compor o Centro de Contingência do Coronavírus no Estado de São Paulo.

De acordo com o novo integrante do centro de contingência, o número de óbitos é muito menor hoje do que seria se não tivéssemos tomado medidas. Isso se comparada à dos EUA e de países europeus, a situação em São Paulo é “muito boa”.

“A análise de dados mostra que, no dia 15 de março, 68% dos casos estavam concentrados em São Paulo. Hoje, São Paulo é responsável por 22% dos casos confirmados no Brasil”, afirmou.

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