Denúncia: CGU indica mais de 160 mil fraudes no auxílio emergencial

Foram identificados pela CGU (Controladoria-Geral da União) cerca de 160 mil possíveis fraudes no auxilio emergencial do governo de R$600. O ministro da CGU, Wagner Rosário, informou que as fraudes englobam donos de veículos com valores superiores a R$60 mil, proprietários de embarcações e pessoas que realizaram doações acima de R$10 mil nas últimas eleições.

Denúncia: CGU indica mais de 160 mil fraudes no auxílio emergencial
Denúncia: CGU indica mais de 160 mil fraudes no auxílio emergencial (Imagem: FDR)

O ministro disse que a lista contendo cerca de 50 milhões de pessoas que se cadastraram para receber o auxilio será divulgada em no máximo 15 dias. Em entrevista no Palácio do Planalto, Wagner falou que com a divulgação da lista de quem recebeu o auxilio, todos os cidadãos poderão fazer sua própria fiscalização.

Sobre o número exato das fraudes, o ministro disse que o levantamento ainda esta sendo realizado, mas que até o momento já foram identificados 74 mil sócios de empresas com funcionários cadastrados e que contam com a ajuda governamental.

Wagner mencionou também, as pessoas que possuem domicílio fiscal fora do Brasil, descobertas por investigações do Estadão.

Nesta semana, o governo federal concedeu cerca de R$30 bilhões em crédito extraordinário para o Ministério de Cidadania aplicar no auxilio emergencial com foco em pessoas em situação de vulnerabilidade em meio a pandemia do coronavírus. Com mais este crédito, o auxilio já custa para o governo R$152,6 bilhões.

Auxílio emergencial para profissionais da Cultura

O setor cultural é responsável por empregar cerca de 5 milhões de pessoas em todo o Brasil. O projeto determina que o dinheiro deve ser usado por estados, Distrito Federal e municípios para a implementação de políticas para o setor e inclui:

  • O pagamento de três parcelas de R$ 600 aos trabalhadores do setor, entre eles artistas, produtores, técnicos, curadores, oficineiros e professores de escolas de arte.
  • A destinação mensal de subsídios (de no mínimo de R$ 3 mil e no máximo de R$ 10 mil) para manutenção de espaços artísticos e culturais e de micro e pequenas empresas culturais que em decorrência da pandemia tiveram as suas atividades interrompidas.
  • A realização de atividades artísticas e culturais que tenham a possibilidade de ser transmitidas pela internet ou por redes sociais.

A deputada Jandira Feghali (PcdoB-RJ) que é relatora do projeto de lei, sugeriu em seu discurso no plenário que a lei recebesse o nome de “Lei Aldir Blanc”, uma homenagem ao compositor que faleceu em decorrência da Covid-19.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.