Neste período em que o país enfrenta com a problemática provocada pela pandemia do novo coronavírus, as famílias tem encontrado dificuldades em realizar o pagamento de seus débitos e evitar o endividamento.
Neste cenário, este público tem evitado fazer novas dívidas, principalmente no que se compete aos pagamentos de cartão de crédito com muitas parcelas. Além disto, ainda há casos que não conseguem nem quitar as dívidas atuais.
O panorama foi divulgado nesta quarta-feira (20) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo dados, o número de famílias endividadas cresceu em maio deste ano.
Em números, no mês de maio cerca de 66,5% das famílias responderam à pesquisa dizendo que estão com dívidas, seja elas no cartão de crédito, cheque especial, carnês de loja ou até mesmo cheque pré-datado.
O número ficou um pouco a baixo do já apresentado em abril, quando foi de 66,6% o número de famílias endividadas, mas o fechamento do mês atual deve ser ainda maior. Em comparação, as taxas são as maiores desde o início da pesquisa em janeiro de 2010.
Ainda houve uma parcela de queda da inadimplência, considerada quando o cliente deixa de pagar a sua dívida. O número caiu de abril para maio, sendo de 25,3% para 25,1% das famílias.
Mas quando comparado ao mesmo período do ano passado o número representa uma alta de 24,1% registrados em maio de 2019. De acordo com especialistas, esta mudança tem sido considerada graças a volta da renda em alguns brasileiros com o recebimento do auxílio emergencial.
A expectativa é que o percentual de famílias que declarem não ter condições de pagar os seus débitos, e mostrem endividamento, ainda será grande. Isto porque o levantamento destacou que o número de famílias que podem se inadimplentes cresceu para 10,6% em maio.
Já o total de famílias que se declararam com muitas dívidas também aumentou em maio, chegando a 16% e atingindo o maior percentual desde setembro de 2011, quando o indicador alcançou 16,3%.