Nesta terça-feira (19), o ministro da Economia, Paulo Guedes disse que o governo vai suavizar a queda e eliminar de forma gradual o auxílio emergencial de R$600. Neste momento, o pagamento está previsto pelo período de três meses, sem que haja interrupção gradual.
As declarações do ministro foram realizadas em uma reunião fechada com os representantes do setor de serviços.
“Vamos tornar mais robusto e focalizado os programas sociais. Vamos agora jogar mais R$ 600 aí. Agora, quando acabar esse prazo, em vez de tirar de uma vez só, vamos fazer um phase out (eliminação em fases). Não é que nós vamos prorrogar, porque não temos fôlego financeiro para fazer a gastança que está aí, mas vamos ter que suavizar a queda. Em vez de cair tudo de uma vez, nós vamos descer mais devagar um pouco pouco”, disse Guedes.
Esta foi a primeira vez que o ministério da economia falou sobre pagar o auxílio emergencial por um período maior que três meses, prazo previsto até agora.
Na última semana, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, comentou que o auxílio poderia ser ampliado. No outro dia, a pasta divulgou uma nota negando essa possibilidade.
Pelo período em que já está definido que o auxílio emergencial será pago, o governo prevê gastar R$124 bilhões.
Os integrantes do governo estão pressionando para que o auxílio seja prorrogado. No entanto, os técnicos não querem estender o benefício, pois ele custa R$40 bilhões por mês.
Os argumentos são que é preciso que o país não perca a credibilidade e não tenha dificuldade para pagar a conta da crise no futuro.
A primeira parcela do benefício foi pagar em abril, já o segundo lote começou a ser repassado nesta segunda-feira (18). A partir desta quarta-feira, 20, o grupo que se inscreveu pelo app ou site do auxílio emergencial serão beneficiados considerando o mês de seu nascimento.
A ideia do governo é depois da pandemia, avaliar e revisar os programa de transferências de renda, podendo ocorrer a ampliação do programa Bolsa Família.