Devido a pandemia do novo coronavírus, o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas) confirmou a realização do Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos Anísio Teixeira) 2020. Porém, não conseguiu cravar uma data exata. A previsão inicial era que a prova seria aplicada em agosto.
Quem confirmou a informação foi Alexandre Lopes, presidente do INEP, que é o órgão do Ministério da Educação encarregado pelo exame. Ele disse em entrevista que será necessário observar a situação do país nos próximos meses com relação ao coronavírus, para assim conseguir marcar a data da prova.
“Em relação ao Encceja, sim, nós vamos fazer o Encceja este ano. Está tudo pronto para fazer o Encceja. O que nós estamos vendo, exatamente, é que, por exemplo, o Enem é realizado no fim do ano, mas o Encceja é feito ali em agosto ou setembro. E a gente tem que ver as questões sanitárias para saber quando nós vamos aplicar a prova”, disse Lopes.
O Encceja é um exame aplicado todos os anos para que jovens e adultos que não conseguiram terminar o ensino básico e médio, possa receber o certificado de conclusão. Esta prova é a única com essa finalidade sendo aplicada desde 2017, além dos cursos de Educação para Jovens e Adultos (EJA).
Alta abstenção atinge o Encceja 2020
Alexandre Lopes ressaltou que o exame recebe um grande número de inscrições, porém na última edição mais da metade dos inscritos não compareceram e deixaram de fazer a prova. Em comparação com a edição de 2018, houve um aumento de 75% nas inscrições em 2019. Isto representa ceca de 2.973.375 inscrições.
As faltas equivalem a uma média de R$100 milhões de gastos públicos perdidos. As provas são impressas e jogadas fora. Alexandre ressalta então a importância do Encceja e pede que os inscritos tenham responsabilidade e compareçam aos locais de aplicação.
Como forma de tentar diminuir as faltas, o Inep inseriu no edital da edição de 2018, que o candidato que faltasse no Encceja 2018 e deseja-se fazer a prova no ano seguinte, precisaria justificar a sua ausência no sistema de inscrição. Se isto não fosse feito, o participante teria que ressarcir o órgão do governo para assim poder fazer novamente o exame.
Porém, para esta edição, a pandemia do coronavírus adiou os planos desta medida e ela só será válida a partir de 2021.