Estado de São Paulo registra mais de 3 mil mortes por coronavírus e governo avalia a possibilidade de reabertura do comércio. Nesta sexta-feira (8), o governador João Doria deverá se pronunciar sobre o ‘Plano São Paulo’, elaborado com a finalidade de retomar a economia da região. Quando lançado, o projeto determinava a suspensão das atividades nos centros de compras até a próxima segunda-feira (11). No entanto, devido ao crescimento de óbitos, espera-se que a medida seja reconsiderada.
Até o momento, a região já registrou mais de 39 mil casos de coronavírus, sendo mais de 3.500 vítimas fatais. Os centros de saúde estão superlotados e não há previsão para a construção de novos leitos.
Atualmente, a taxa de ocupação nas UTI’s de todos os municípios é de 89,6%, sendo o interior a região menos afetada, com 66,9%.
Já na grande capital, mesmo sendo o local com o maior número de casos, a taxa de isolamento está abaixo dos 55% recomendados pela Organização Mundial de Saúde. Atualmente, a cidade está com uma média de paralisação de 47% em suas atividades, número insuficiente para conter a pandemia.
Avanço para o interior
Outra grande preocupação é que o contágio está cada vez mais espalhado pelas cidades do interior. De acordo com um levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Regional, a cada três dias, 38 novas cidades comprovam um novo caso de coronavírus. Já são mais de 371 municípios afetados.
Mediante a esse cenário, o Centro de Contingência do Coronavírus, do governo de São Paulo, vem fazendo balanços de modo que possa calcular uma estimativa dos números da pandemia. Nessa quarta-feira (7), a pesquisa informou que há uma projeção de 40 mil mortes dentro dos próximos 2 meses, caso o isolamento social fique em 50%.
Doria reforça as precauções
Apesar de ainda não se pronunciar sobre as próximas ações e retomada do comércio, João Doria determinou que a partir de agora o uso de máscaras será obrigatório. As pessoas que violarem a regra pagarão multas acima de R$ 200.
Os agentes do governo estarão presentes em farmácias, supermercados, agências bancárias e mais para garantir a eficácia da proposta.