Desde o início do pagamento do auxílio emergencial do governo, o que mais se vê são filas imensas formadas em frente as agências da Caixa. Pessoas com problemas para se cadastrar, para sacar o dinheiro, entre outros, se dirigem todos os dias as agências na esperança de conseguir acesso ao auxílio de R$600. Especialistas acreditam que algumas medidas podiam ser praticadas para facilitar a resolução de problemas e as aglomerações em filas.
Foco na internet foi uma boa escolha
Apesar do auxilio ter sido pensado para pessoas de baixa renda que muitas vezes podem não ter acesso fácil a internet, a opção do governo em focar nos meios digitais foi aprovada pelos especialistas. Eles dizem que é uma forma de evitar aglomerações em agências bancárias.
Os especialistas acreditam que os problemas que estão ocorrendo são normais diante de uma medida que precisou ser pensada e colocada em prática em pouquíssimo tempo. Outros programas como o Bolsa Família, também levaram tempo até que começassem a funcionar plenamente.
Porém, eles ressaltam que no caso do auxílio, os problemas precisam ser resolvidos rapidamente, já que para muitos este dinheiro é sinônimo de sobrevivência neste momento.
Maquininhas agilizariam o processo de análise do auxílio de R$600
Manter somente a Caixa como responsável pelo pagamento do auxílio emergencial pode ter sido um erro, já que sobrecarregou apenas um banco. Sergio Firpo falou sobre o assunto.
“Há as dificuldades tecnológicas de ter só uma instituição para lidar com isso. No fundo é como se a Caixa tivesse que lidar com todas as inscrições de milhões de pessoas. Então isso de fato estrangula o sistema. Se a gente tivesse incorporado toda a sociedade, em um grande mutirão, e tentado usar de fato o sistema de pagamentos que existe no país, o sistema bancário, que tem capilaridade para poder chegar aos mais pobres, talvez a gente tivesse sido um pouco mais rápido”, disse.
A respeito da capilaridade, ele acredita que o uso de maquininhas de cartão para o pagamento do auxílio agilizaria o processo, já que muitos trabalhadores informais possuem tais maquinas.
Fintechs poderiam ajudar no repasse do auxílio de R$600
As fintechs também foram citadas como uma forma de pagamento rápido, já que apesar de serem menores, são instituições mais ágeis e conseguem lidar melhor com a usabilidade do que uma grande instituição.
Sérgio também acredita que as fintechs poderiam identificar melhor as pessoas que realmente se enquadram nos requisitos para receber o auxílio.
Filas são normais segundo a Caixa
Pedro Guimarães, presidente da Caixa, diz que filas neste caso são normais já que se trata do maior pagamento da história.
“Sabemos que houve uma aglomeração grande. Estamos agindo para reduzir. Resolver, não. (Vou) deixar muito claro aqui. Não há nenhuma possibilidade de se pagar 50 milhões de pessoas em três semanas e não existir fila. Isso não existe. Não vou prometer o que é impossível. O que nós faremos é mitigar, reduzir as filas, com a ajuda de todos vocês”, disse Pedro.