Governo Federal liberou o auxílio emergencial para brasileiros que estão em situação de vulnerabilidade com a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Quem não faz parte da plataforma de dados do governo, seja por meio do CadÚnico ou do Bolsa Família, precisa realizar um cadastro online no app ou site para receber o auxílio de R$600.
Nesta semana, foi divulgado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que levantou o acesso dos domicílios brasileiros à Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). De acordo com levantamento, percentual de trabalhadores informais sem acesso à internet impressiona.
Em números, ao menos 5,7 milhões de trabalhadores informais não utilizavam a internet no fim de 2018. O dado representa a problemática levantada para o acesso ao auxílio emergencial para os brasileiros que devem realizar a inscrição online.
Quando observamos, o IBGE detalha que no fim do quarto trimestre de 2018 o Brasil tinha 37,5 milhões de trabalhadores informais, o que vale a considerar que temos 15% deste universo sem acesso à internet, impossibilitando a concessão do benefício.
Ainda é importante perceber que o governo federal espera um número menor de beneficiados, mas se surpreendeu com a crescente fila de pedidos por parte de brasileiros que não têm nenhuma renda mensal.
Os números, apesar de impressionantes, levantam o questionamento sobre os desafios que o país tem pela frente, ainda detalhando as dificuldades enfrentadas por parte da população que é considera analfabeta digital – ou seja, não tem domínio com as novas tecnologias.
Este público se torna refém de auxílio e ajuda de terceiro – quando tem -, mas na maioria das vezes não consegue cumprir os procedimentos digitais de forma correta, atrelando-se as inconsistências de sistema, e forma filas enormes nas agências Caixa em busca de atendimento presencial.
Governo destacou que aqueles que não tem acesso, podem realizar o cadastro através das Caixa Lotéricas. Mas, mesmo nestes locais as filas se tornam imensas e os atendentes, de acordo com relatos nas redes sociais, ainda tornam a dificuldade dos brasileiros maior.
Ao todo, 46 milhões de brasileiros declararam não ter acessado à internet nos três meses que a pesquisa foi realizada. Especialistas detalham que as filas são um reflexo desta problemática que excluiu uma parcela da população na hora de receber o auxílio de R$600.