Auxílio de R$1,2 mil não chega até as mães chefe de família com falha na análise

O auxílio emergencial liberado para brasileiros em situação de vulnerabilidade durante a crise da pandemia do novo coronavírus, já começou a ser pago. O valor inicial é de R$ 600 para trabalhadores, mas chega ao dobro – o equivalente a R$ 1,2 mil – para mães solo.

Auxílio de R$1,2 mil não chega até as mães chefe de família com falha na análise (Imagen/FDR)
Auxílio de R$1,2 mil não chega até as mães chefe de família com falha na análise (Imagem/FDR)

O benefício, por sua vez, não está sendo repassado conforme planejado. Mães ao redor do país detalharam em reportagem ao jornal Globo que estão encontrando dificuldades no acesso. Alguns casos, mesmo se enquadrando nos critérios não recebem o benefício.

Os problemas são abrangentes e vão desde as mães que realizaram o cadastro via aplicativo Caixa Auxílio Emergencial, por não terem inscrição no Cadastro Único. Em alguns casos, mesmo quando afirmam estarem enquadradas no perfil, pedido é negado.

Outro ponto é a negativa a concessão depois da análise sem justificativa. Neste sentido, Caixa Econômica informou que os trabalhadores informais que tiveram o pedido negado podem contestar e pedir uma reanálise.

Na justificativa, Caixa argumenta que a análise para concessão é realizada pela Dataprev, empresa pública responsável por verificar se o cidadão cumpre todas as exigências previstas na lei.

Além dos problemas ligados à mães solteiras, ainda há questões ligadas a instabilidades no sistema Caixa Tem. O banco explica que problemas são devido a alta demanda, no qual registra mais de 200 mil usuários simultâneos no app, e a expectativa é que chegue a 500 mil.

Ampliação no recebimento do auxílio

Atualmente o benefício de R$ 1,2 mil é repassado para mães solteiras que criam seu filho de forma solo. Mas é necessário ter mais de 18 anos e atender os demais critérios, como o de renda mensal.

Proposta aprovada no Senado detalha a inclusão de pais solo também no recebimento dobrado do valor do auxílio emergencial. Neste sentindo, não fazendo apenas distinção de sexo na hora de conceder.

Além deste ponto, mães seja solo ou não, que for menor de 18 também podem ter acesso ao benefício, a partir de 16 anos. A inclusão de pais solo e mães adolescentes acarretará em novo impacto aos cofres públicos. Medida ainda precisa ser aprovada pelo presidente Jair Bolsonaro.