O estado de São Paulo completou um mês de quarentena, e as pressões sobre o governador João Doria (PSDB) aumentaram principalmente por parte do comércio.
Apesar do governador negar que a retomada que está prevista para o dia 11 de maio seja uma resposta às críticas do empresariado, no Palácio dos Bandeirantes é consenso que os setores descontentes vem ganhando reforços, principalmente do turismo e do setor automotivo.
Até esta semana quando foi apresentado o plano de retomada das atividades, as autoridades de saúde e da área econômica do governo paulista respondiam com ironia questionamentos sobre quais setores mais pressionaram para afrouxar o isolamento social: “É mais fácil perguntar quem não está pressionando”, era a resposta do governo.
Porém, no decorrer do mês de isolamento, decretado como uma recomendação para evitar a expansão do contágio pelo coronavírus, foi se tornando uma pressão sobre Doria, que acabou virando alvo de carreatas, petições virtuais e pedidos de empresários por meio do Whatsapp.
Em uma entrevista o governador já chegou a dizer que “não adiantava ficar mandando mensagens no fim de semana”. Com isso, os pedidos começaram a se tornar públicos.
Nesta semana, um texto assinado pela ACSP e pela Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) ganhou espaço.
As duas entidades alertam que se o período de isolamento for prorrogado novamente, o desemprego tende a aumentar também e isso vai afetar a economia do estado.
O setor ainda amarga a perda que tiveram na Páscoa e teme que isso se repita no Dia das Mães, em 10 de maio. Doria chegou a propor para os empresários adiarem a comemoração para o mês de agosto.
Por outras razões, o setor do automobilismo e o de turismo também pressionaram secretários e o governador paulista. Além da reabertura, eles pedem empréstimo e benefícios.
Por conta do coronavírus, as pessoas foram obrigadas a ficar em casa, com isso o turismo perdeu muito.
Para tentar amenizar essa perda, o setor pede que fiquem isentos ou sejam adiadas as taxas e os impostos.
O aconteceu com o setor automobilístico. As indústrias nunca foram proibidas de trabalhar, mas tiveram que interromper a produção por falta de matéria-prima, vindo da China.
O país fechou seu comércio por causa do coronavírus e afetou os negócios no mundo inteiro, incluindo o Brasil.