Diaristas sofrem com crise e número de demissões surpreende

Em meio a pandemia do novo coronavírus diversos profissionais estão sendo impactados com seus empregos cortados e redução de salários. Seja os com carteira assinada ou informais, todos têm impacto direto neste processo. Entre eles, as empregadas domésticas e diaristas são uma das classes prejudicadas.

Diaristas sofrem com crise e número de demissões surpreende (Reprodução/Internet)
Diaristas sofrem com crise e número de demissões surpreende (Reprodução/Internet)

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto Locomotiva, no Brasil, 11% das famílias contam com o serviço de ao menos uma trabalhadora doméstica.

Desta forma, país tem cerca de 6,5 milhões de trabalhadoras nesta categoria. Segundo levantamento do Instituto Locomotiva entre os dias 14 e 15 de abril, 39% dos empregadores de domésticas e diaristas abriram mão do serviço destas profissionais durante a pandemia e não estão realizando o pagamento.

Já quando observado as classes sociais A e B o número de dispensa é ainda maior, sendo considerado que o percentual de empregadores que dispensaram as diaristas sem pagamento é de 45%.

Enquanto alguns estão sendo dispensados, empregadores ainda estão com as diaristas em casa representam 23%. Outros 39% dos patrões de mensalistas detalharam que as suas funcionárias continuam trabalhando normalmente, mesmo durante o período de quarentena.

Entre os entrevistados, 7% dizem que contratam no regime diarista, em que se paga somente o dia de faxina realizada, sem vínculo empregatício. 3% afirmam ter funcionária mensalista, e 1% mensalista e diarista.

Ainda há uma parcela de diaristas que estão sendo pagas mesmo sem trabalhar durante a pandemia. Dados apontam 48% nessa condição, nas classes A e B 44% afirmam praticar a dispensa remunerada com a mensalista.

O percentual de trabalhadoras dispensadas sem pagamento também é menor entre as mensalistas: 13% entre os empregadores desta categoria na classe C, e 12% entre os entrevistados do grupo AB.

Para realizar o levantamento, o Instituto entrevistou uma amostra de 1.131 pessoas por telefone, em cidades de todos os Estados da federação. O perfil respondente da pesquisa é de homens e mulheres com 16 anos ou mais. Margem de erro de 2,9 pontos para mais ou para menos.

O governo federal lançou um programa para suprir o salário dos trabalhadores que tiveram sua jornada ou remuneração reduzidas. Mas, essa assistência vale apenas para quem tem registro em carteira.