Urgente! Oferta do gás de cozinha ameaça ficar desabastecida

Brasileiros poderão ficar sem gás de cozinha. Nessa segunda-feira (20), o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou que há um risco de desabastecimento de GLP, produto utilizado na comercialização dos botijões de gás. De acordo com o representante, a situação pode ocorrer devido à crise do petróleo, que está afetando a produtividade na estatal.  

Urgente! Oferta do gás de cozinha está ameaçado e pode ficar escasso (Imagem: Reprodução - Google)
Urgente! Oferta do gás de cozinha ameça ficar desabastecida (Imagem: Reprodução – Google)

Durante sua fala, Roberto solicitou que o poder público amenize as taxações de impostos sobre a gasolina, caso contrário, haverá o risco da comercialização do produto ser paralisada.

Segundo ele, se os tributos aumentarem, a gasolina terá sua produção reduzida, fazendo com que a marca reduza as ofertas. 

O cenário não impactaria na produção do gás. No entanto, o GLP é feito na mesma fase de produção da gasolina e por isso quando o volume de um é diminuído o do outro também acaba sendo.  

Importação para reabastecimento  

Questionado sobre a importação, Roberto explicou que trata-se de uma medida temporária, mas que não poderá se sustentar por muito tempo. De acordo com ele, os portos não estão preparados para receber uma quantia e fluxo de entregas maior do que já está em circulação, e por isso o nível do reabastecimento poderá ser minimizado.  

Falta de capacidade na distribuição do gás de cozinha 

Especialistas do mercado afirmam que o cenário poderia ser diferente se o Brasil fosse capacitado para distribuir o produto. 

Rivaldo Moreira Neto, presidente da Gas Energy consultoria especializada, alega que a Petrobras possui a totalidade na comercialização do produto em todo o território nacional e por isso, sendo afetada, afetará toda a população.  

“O GLP não é prioridade da Petrobras como o pré-sal, que tem muito mais retorno. Num ambiente de preços controlados, é difícil que novos players queiram investir no segmento, mas isso seria importante para garantir a segurança da oferta”, diz Neto. 

Ele explica que, ao ser a única empresa responsável pelo abastecimento, a marca acaba monopolizando o produto e colocando em risco o consumo do mesmo.

Até o momento, não se sabe uma média de quanto GLP ainda há disponível para revenda, mas espera-se que o governo federal se pronuncie a respeito para que os botijões permaneçam sendo ofertados.  

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Doutoranda e mestra em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a coordenação de edição dos Portais da Grid Mídia e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas socias e economia popular. Iniciou sua trajetória no FDR há 7 anos, ainda como redatora, desde então foi se qualificando e crescendo dentro do grupo. Entre as suas atividades, é responsável pela gestão do time de redação, coordenação da edição e analista de dados.