Mudanças no BPC? Entenda planos do governo para o benefício

Em meio à crise econômica ocasionada pelo Covid-19, o governo federal segue analisando as propostas de alterações no funcionamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Há uma parte dos administradores públicos que defendem a ampliação do auxílio para pessoas com renda de até um salário mínimo e meio. No entanto, o ministério da economia segue resistente e afirma que, nesse momento, a pauta não terá continuidade.

Mudanças no BPC? Entenda planos do governo para o benefício (Reprodução - Google)
Mudanças no BPC? Entenda planos do governo para o benefício (Reprodução – Google)

A ampliação do BPC vem sendo debatida desde o fim de 2019. Um grupo político defende que o benefício deverá ser ofertado para um número maior de brasileiros.

Porém, com a chegada do Covid e criação do pacote de contenção, como o auxílio emergencial de R$ 600, Paulo Guedes, atual ministro da economia, ressalta que não há recursos financeiros para custear tal medida.

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De acordo com ele, o BPC apresenta uma despesa fixa para os cofres públicos e, caso seja ampliado, irá violar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Seu pronunciamento foi feito nessa quinta-feira (16), após a pauta ter sido debatida no Senado Federal e na Câmara dos Deputados.

Funcionamento do BPC

Com a medida em suspensão, o BPC continuará funcionando do mesmo modo, sendo ofertado para aqueles que tenham uma renda per capita de até um quarto do salário mínimo e se enquadrem nas categorias exigidas: pessoas com deficiência e idosos.

A equipe econômica alegou que, caso o projeto de ampliação fosse aprovado, o auxílio passaria a custar mais R$ 20 bilhões para a união. Mediante a este cenário, os representantes, Bruno Bianco e Esteves Colnago, informaram que, caso a mudança fosse aprovada, recorreriam ao veto do presidente Jair Bolsonaro.

“Estamos literalmente proibidos pela LRF e pelo teto [de gastos] a ampliar despesas continuadas. Estamos diante de um orçamento mais flexível, de regras mais flexíveis, mas que se aplicam diretamente ao momento de crise que vivemos. Caso viermos a ampliar de forma continuada [despesas], incorreremos em crime de responsabilidade fiscal”, disse Bianco.

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Esteve explica que o atual cenário econômico não permite um gasto tão grande e que a pauta deve ser reservada para o futuro.

“Esse momento vai existir, o governo está disposto a isso, mas não na calamidade. Não temos como caminhar com uma reformulação do BPC neste momento. Isso fere a LRF, e teremos de solicitar o veto caso seja aprovado“, concluiu.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.