Governo admite que medida falha e crédito não alcança micro e pequenas empresas

O governo está criando e colocando em prática uma série de medidas para atenuar os efeitos negativos na economia causados pelo novo coronavírus. Porém, os recursos que foram destinados aos empreendedores não estão alcançando as micro e pequenas empresas.

Governo admite que crédito não alcança micro e pequenas empresas
Governo admite que crédito não alcança micro e pequenas empresas (Foto: Google)

Diogo Mac Cord, secretário de Infraestrutura da Secretaria Especial de Produtividade, admitiu que o governo ainda estuda meios do dinheiro chegar a esta empresas que são as que mais necessitam. Uma das medidas analisadas é o uso de maquininhas de cartão para intermediar as operações de crédito.

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O secretário acredita que as medidas do governo voltadas a auxiliar as micro e pequenas empresas podem ser repensadas.

“Já temos mais de cem ações do governo que atingem pequenos, médios e grandes. Além das 103 já implementadas, temos xis ações sendo discutidas, que vão obviamente do auxílio [emergencial de R$ 600] ao micro e pequeno empresário. Nós temos uma restrição que vamos precisar vencer, que é justamente a disputa por recursos. Nós temos a intenção de priorizar o empreendedor”.

Parte das micro e pequenas empresas ficam se ajuda

Uma parte dos pequenos empreendedores ainda não foi contemplado pelas medidas que o governo lançou.

O auxílio emergencial do governo de R$600, também conhecido como “coronavoucher” só é liberado para os microempreendedores individuais (MEIs) e que faturaram no máximo R$28 mil em 2018, por exemplo.

Existe também o crédito para pagamento da folha dos funcionários que é destinado a empresas que faturam R$360 mil ou mais por ano.

Com isso, percebe-se que não existe nenhum apoio até este momento para as micro e pequenas empresas que possuem faturamento intermediário entre estas duas faixas, ou seja, acima de R$29 mil e abaixo dos R$360 mil.

Para se tornar um micro empreendedor individual (MEI), por exemplo, entre outras coisas está a regra de ter ganho anual de no máximo R$81 mil.

Maquinhas é uma medida estudada

Mesmo com o governo tentando aumentar a oferta de crédito, liberar depósitos compulsórios que são recursos que os bancos são obrigados a deixar parados, o representante do Ministério da Economia admitiu que quem precisa não estava recebendo ajuda.

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Para ajudar os microempresários o governo avalia usar maquinas de cartão para que o dinheiro chegue a este público. “O BNDES está, sim, fazendo avaliação de como consegue acessar maquininhas”, disse.

Nesse caso, o crédito poderia ser contratado em empresas autorizadas que fazem o uso dessas operadoras de cartão. Por exemplo, lojas de conveniência e supermercados.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.