Governo lança crédito de R$40 bi para empresas manterem salários; saiba como pedir

O governo está se esforçando e criando medidas para atenuar os efeitos negativos na economia causados pelo coronavírus. O objetivo é manter os empregos e diminuir os riscos de demissões em massa. Uma nova MP trata de um crédito de R$40 bilhões para cerca de 1,4 milhão de empresas de pequeno e médio porte.

Governo lança crédito de R$40 bi para empresas manterem salários; saiba como pedir
Governo lança crédito de R$40 bi para empresas manterem salários; saiba como pedir (Foto: Google)

Estas empresas empregam pelo menos 12 milhões de pessoas que recebem por mês até dois salários mínimos. E estão aptas a serem beneficiadas neste montante de R$40 bilhões de crédito a juros baixos, com a finalidade de manter a folha de pagamento dos funcionários pelo período de dois meses.

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Esta medida favorece apenas as empresas que tem seu faturamento anual entre R$360 mil a R$10 milhões. Em compensação, as empresas não podem demitir seus funcionários sem justa causa num período mínimo de 60 dias após receberem o crédito. Microempresas não entram na medida.

Otávio Damaso, diretor de Regulação do Banco Central, informa que o dinheiro deste empréstimo para o pagamento de salários, será depositado diretamente na conta de cada funcionário. Mesmo que o empregador assine o contrato de empréstimo, o dinheiro não passará pela conta da empresa.

Esta linha de crédito fica disponível na próxima semana, logo após o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovar uma resolução que regulamenta a medida provisória.

O empréstimo terá juros de 3,75% ao ano e terá sua operação a cargo do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que repassará o dinheiro aos demais bancos onde o empresário fechará o contrato.

Ao todo, o empréstimo contará com 30 parcelas, sendo a primeira para daqui a seis meses. Com isso, a medida aumenta para 36 meses ou três anos, o prazo total da linha de crédito.

Do total de R$ 40 bilhões, caberá ao Tesouro Nacional 85% (R$ 34 bilhões), e com os 15% restantes (R$ 6 bilhões) custeados pelas instituições financeiras. O BNDES não vai receber nenhuma remuneração para fazer a transferência do dinheiro do Tesouro para os bancos.

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Segundo o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, o empresário poderá recorrer à linha de crédito tanto para financiar 100% da folha de pagamento como para financiar a parcela que cabe ao patrão caso haja suspensão do contrato de trabalho ou redução da jornada de trabalho. “O empresário poderá conjugar as duas iniciativas”, disse.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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