Novas medidas para combater a fome. Em São Paulo, o governador João Doria informou que irá manter os restaurantes Bom Prato abertos durante o período da quarentena. As unidades passarão a funcionar em horário especial, de modo que possa fornecer alimento para mais de 2,4 milhões de pessoas em todo o estado. O serviço começará nessa quarta-feira (01) e se estenderá pelos próximos 60 dias.
De acordo com Doria, trata-se de uma medida de contenção da fome. Ele reforça que, com a crise ocasionada pelo coronavírus milhares de paulistanos encontram-se em situação de pobreza e precisam de recursos para poderem se alimentar.
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Desse modo, as 59 unidades espalhadas pelo estado passarão a ofertar café da manhã no valor de R$0,50, e almoço e jantar por R$ 1. Para garantir a higiene, o governador afirmou que o serviço estará suspenso e que a população terá acesso ao alimento por meio de marmitas descartáveis.
“A partir desta quarta-feira, 1º de abril, todos os 59 restaurantes do Bom Prato vão passar a servir café da manhã, almoço e jantar. Com essa decisão de ampliar o funcionamento dos Bom Pratos para a noite e os cafés da manhã, ajudamos a atender e a amparar as pessoas que mais precisam”, afirmou.
Para poder custear a medida, o governo estadual deverá investir cerca de 18 milhões no novo serviço do Bom Prato. O valor será utilizado para a compra dos alimentos, embalagens e pagamento dos servidores que irão atuar no mutirão.
Suspensão de atividades profissionais
No mesmo comunicado, Doria reforçou também a necessidade da sociedade manter-se dentro de casa. Ao longo de sua fala, o governador mostrou-se contrário aos pronunciamentos do presidente Jair Bolsonaro, no qual solicitou que a população continuasse desenvolvendo suas atividades trabalhistas.
“Neste caso, por favor, não sigam as orientações do presidente da República do Brasil. Ele não orienta corretamente a população e lamentavelmente não lidera o país no combate ao coronavírus e à preservação da vida.”
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Doria solicitou que todos ouvissem as recomendações da Organização Mundial de Saúde para poder controlar o número de proliferação da pandemia. Segundo ele, manter-se isolado é a principal obrigação do cidadão durante as próximas semanas.
“Isolamento é necessidade, não é obrigatoriedade apenas, e melhor prevenir hoje do que lamentar amanhã”, disse. De acordo com ele, as decisões dos governadores estão amparadas em decisões técnicas.