Mais mudanças na economia nacional. A chegada do coronavírus vem ocasionando uma série de modificações no funcionamento das empresas. Devido à crise, vinda com a pandemia, o governo federal precisou lançar medidas que têm como finalidade amenizar os impactos do atual cenário. No que diz respeito ao MEI, a categoria ganhou a oportunidade de renegociar e prorrogar suas dívidas.
Quem estiver inadimplente ou então já sentir os efeitos da pandemia, tendo que fechar seu negócio, deve ficar atento as chances de recuperação. O primeiro anuncio que irá beneficiar a classe foi a portaria que determina a prorrogação do pagamento de impostos federais.
Leia também: Santander lança serviços especiais para o MEI
Isso significa que, se você estiver passando por dificuldades para manter sua empresa e precisar de recursos para sustenta-la, a isenção (temporária) dos tributos deverá ser uma opção para aliviar as contas.
Nesse primeiro momento, entre os meses de abril, maio e junho, o governo não estará cobrando as taxas daqueles que estiverem cadastrados no programa.
No entanto, é preciso se certificar se os dados na plataforma MEI estão de fato regularizados. Não haverá a necessidade de isenção de solicitação ou envio de documentos. Basta estar incluso no projeto e cumprir com as novas datas.
O cronograma renovado determina que os pagamentos referentes ao mês de maio acontecerão em outubro, os de junho em novembro e os de julho em dezembro. Os empresários poderão pagar as dívidas de forma parcelada e não precisarão quitar os valores duplicados de uma única vez.
Já as cobranças desse mês de março, que tinham como prazo de envio o último dia 20, foram mantidas. No entanto, quem estiver inadimplente poderá renegociar, pois há um prazo de até 120 dias para poder quitar as parcelas em aberto.
As negociações, nesse momento, deverão ser realizadas todas pelo site do MEI, tendo em vista que as unidades presenciais tiveram suas portas fechadas para evitar a proliferação da doença.
Leia também: Covid-19: Uber promete auxílio financeiro aos motoristas infectado
Dicas de especialistas para manter o MEI
Economistas afirmam que nesse momento os autônomos precisarão manter um controle total de suas despesas.
Eles ressaltam que mesmo com a facilitação dos empréstimos e demais programas de crédito, é necessário mediar a necessidade de solicitação desses serviços para que os mesmos não resultem em dividas posteriores.
— É muito importante não transformar essa crise de liquidez numa crise de crédito. O empresário deve analisar as finanças e procurar no mercado a melhor opção, prevendo dificuldades de pagamento nos próximos meses. Não adianta contratar um crédito com risco de não honrar — afirmou George Sales, professor de Finanças do Ibmec/SP.