Com shoppings fechados, volume de possíveis demissões assusta

Entre as medidas tomadas pelos governos dos estados do Brasil, está o fechamento de shoppings nas diversas e principais capitais do país. A ação tem como intuito conter a propagação do coronavírus. Mas, por outro lado, lojistas ficam preocupados sobre a possível recessão econômica que este movimento causará.

Shoppings fechados tiram emprego de 4 milhões de pessoas (Reprodução/Agência Brasil)
Shoppings fechados tiram emprego de 4 milhões de pessoas (Imagem: Reprodução/Agência Brasil)

De acordo com a avaliação do presidente da Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (Ablos), Tito Bessa, em entrevista ao Valor Econômico, a expectativa é que haja a demissão de 4 milhões de funcionários indiretos e diretos ao setor de lojas no país.

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Em números, as vendas caíram de forma expressiva em menos de uma semana. Dados apontam que de sexta-feira (13) a domingo (15), houve uma diminuição de 50% em relação ao mesmo período do ano passado. E com decisão dos estados, houve a retração de 70% no decorrer desta semana.

Vale ressaltar que estados ou fecharam por completo seus shoppings, por meio de determinação, como o exemplo de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. Ou os centros de compras estão atuando com período menor, das 12h às 20h. Apenas estão sendo abertas as farmácias, supermercados e serviços considerados importantes durante esta pandemia.

O presidente da Ablos ainda destacou que a situação é passível de criticidade, pois maioria dos lojistas não possuem recursos suficientes para conceder as férias coletivas a seus trabalhadores. Isto é principalmente observado em pequenas e médias lojas, onde o fluxo de caixa não sustenta o mês inteiro.

Ele ainda ressaltou que iniciou a interlocução com as administradoras dos shoppings para a obtenção de descontos, mas não evoluiu de forma amigável. Segundo ele, “empresas acham que é agressivo pedir desconto com queda nas vendas, no fluxo de clientes e com os shoppings fechados”.

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Ainda seguindo as medidas pelo governo, a expectativa é de que os funcionários que permaneçam contratados irão atuar sob regime de trabalho reduzido e com salários também cortados, conforme a proposta divulgada pelo governo federal nesta semana.

A Ablos representa cerca de 100 marcas como Casa do Pão de Queijo, Barred’s, Deny Sports, Grupo Valdac, Kelf e TNG.

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