A pandemia de coronavírus tem provocado diversas ações nos órgãos públicos. Entre elas, a suspensão de atendimentos com fechamento de lojas e comércio por todo o país. Mas mesmo com as medidas, algumas agências da Previdência Social ainda estão tendo que funcionar durante o período, o que causou revolta nos funcionários do INSS.
A informação foi compartilhada por servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que destacam que o movimento ainda é grande. Para tentar contornar, a categoria enviou um aviso de paralisação à Secretaria de Previdência, com início a partir de segunda-feira (dia 23) em algumas agências.
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De acordo com a categoria, a ideia surge para que os servidores e segurados não estejam expostos a contaminação. Ainda segundo o sindicato, foram recebidas denúncias dos servidores também sobre falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) como álcool gel, luvas e máscaras.
O diretor Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Trabalho e Previdencia Social do Estado do Rio (Sindsprev), em entrevista ao Extra, destacou que o cenário nacional é diferente quando existem diversos servidores que são alfabetos funcionais e não têm acesso à internet. Por isso, cancelar os atendimentos presenciais é um problema.
Isto porque, segundo sua avaliação, “o segurado até tenta fazer os processos pela internet, mas encontra dificuldades, e aí vai para as agências. Porque ele liga para o 135, mas não fica satisfeito com a resposta que recebe”, pontua.
Ainda de acordo com ele, já que a uma grande parte dos servidores está trabalhando de casa, aqueles com mais de 60 anos, o número de profissionais neste atendimento ao público está em número pequeno.
E mesmo assim, aqueles que estão indo trabalhar estão “sem álcool gel, sem a proteção necessária, num ambiente fechado, e mesmo com a quarentena tem uma demanda que está procurando as agências”, destaca Medeiros.
Em nota, o INSS detalhou que durante a pandemia os aposentados e pensionistas devem optar pelo portal do Meu INSS e a Central 135 para realizar os atendimentos e evitar sair às ruas formando aglomerações nas agências.
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E em relação aos funcionários do INSS, destaca que está resguardando com o home office os profissionais de grupo de risco com mais de 60 anos e aqueles com suspeitas de contaminação. Mas não impacta porque as análises de processos prosseguem, segundo o instituto, por meio do trabalho remoto.