Empresas de turismo vão receber juros diferenciados em linha de crédito

Tentando minimizar os impactos da crise para as empresas de turismo do país, o governo vai garantir uma redução nos juros da linha de crédito de capital de giro, que caiu de 7% para 5% ao ano. Além disso, o prazo de carência dos financiamentos será dobrado para 12 meses. 

Empresas de turismo vão receber juros diferenciados em linha de crédito
Empresas de turismo vão receber juros diferenciados em linha de crédito (Imagem: Reprodução/Google)

Para que isso ocorra, o Ministério do Turismo vai editar uma norma que flexibiliza as regras do Fundo Geral do Turismo (Fungetur).

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Atualmente, o fundo disponibiliza em crédito cerca de R$381 milhões. A pasta está negociando com os bancos que operam os recursos, o aumento do prazo de carência do pagamento de juros das operações de um mês para três meses.

As linhas de crédito da Fungetur são limitadas a R$10 milhões e podem ser acessadas para realizar o financiamento de empreendimentos de toda a cadeia produtiva do turismo, como apoio para capital de giro, reforma e ampliação. Assim como para a compra de máquinas e equipamentos. Hoje, são 17 instituições financeiras cadastradas no programa. 

Nos últimos dias, o setor registrou uma interrupção na geração de receita por conta do cancelamento de todos os eventos e de mais de 90% das reservas feitas por viajantes corporativos e de lazer.

O governo anunciou que será permitida a redução de jornada e salários dos colaboradores pelas empresas durante o período de crise, mas a medida não terá efeitos sobre o setor. 

Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente da Associação Resorts Brasil, Sérgio Souza, comentou sobre essa medida do governo.

“Redução de jornada e salário ajudam numa atividade que continua a existir. A nossa atividade cessou. O governo está socorrendo o setor aéreo, o que tem de ser feito. Mas é preciso também apoiar hotelaria e turismo.Se houver pelo menos mais três meses de crise, como se prevê, é impossível resistir. Isso coloca os 400 mil empregos gerados diretamente pelo setor em xeque.”, defende Souza.

Além disso, o governo avalia a permissão de suspender temporariamente os contratos de trabalho dos segmentos mais atingidos pela crise causada pela pandemia como bares, restaurantes e cinemas.

Essa suspensão poderia valer por três ou quatro meses, período em que os trabalhadores receberiam um pagamento equivalente ao seguro-desemprego, para evitar demissões em massa.

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Ao todo são oito entidades do setor de hospedagem e de parques temáticos que enviaram uma carta aberta ao governo federal, por meio do Ministério do Turismo, num esforço para obter recursos. Além da Resorts Brasil, participam a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) e a Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil (ADIBRA).

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