A partir da próxima semana, hotelaria e parques temáticos terão os seus estabelecimentos fechados devido ao controle da pandemia do coronavírus. Por conta disso, o esse setor de turismo já está avaliando as possibilidades de dispensar funcionários, caso não haja ajuda do governo nesse período.
Entre os últimos dias, houve uma interrupção na geração de receita do setor por conta do cancelamento de todos os eventos e de mais de 90% das reservas feitas por viajantes corporativos e de lazer.
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Nesta quarta-feira (18), o governo anunciou que será permitida a redução de jornada e salários dos colaboradores pelas empresas durante o período de crise, mas a medida não terá efeitos sobre o setor de turismo.
Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente da Associação Resorts Brasil, Sérgio Souza, comentou sobre essa medida do governo.
“Redução de jornada e salário ajudam numa atividade que continua a existir. A nossa atividade cessou. O governo está socorrendo o setor aéreo, o que tem de ser feito. Mas é preciso também apoiar hotelaria e turismo.Se houver pelo menos mais três meses de crise, como se prevê, é impossível resistir. Isso coloca os 400 mil empregos gerados diretamente pelo setor em xeque”, defende Souza.
No mesmo dia, o governo anunciou um pacote de medidas para socorro do setor aéreo. A previsão é que as companhias tenham um prazo maior para pagar taxas ao governo e poderão adiar por um ano o reembolso devido aos passageiros que cancelarem viagens.
Foram adiadas a aprovação dos contratos aeroportuários, sendo assim, eles podem ser quitados até dezembro pelas concessionárias sem cobrança de multa.
Além disso, o governo avalia a permissão de suspender temporariamente os contratos de trabalho dos segmentos mais atingidos pela crise causada pela pandemia como bares, restaurantes e cinemas.
Essa suspensão poderia valer por três ou quatro meses, período em que os trabalhadores receberiam um pagamento equivalente ao seguro-desemprego, para evitar demissões em massa.
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Ao todo são oito entidades do setor de hospedagem e de parques temáticos que enviaram uma carta aberta ao governo federal, por meio do Ministério do Turismo, num esforço para obter recursos.
Além da Resorts Brasil, participam a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) e a Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil (ADIBRA), entre outras.