Expansão do coronavírus segue forçando o governo a desenvolver medidas para conter a crise econômica. Além das ações ligadas ao ministério da saúde, o governo federal vem atuando com um pacote de propostas que tem como objetivo amenizar os impactos da doença no mercado nacional. Entre os projetos, Paulo Guedes, ministro da economia, anunciou que as negociações de dívidas com os empresários passarão a ser flexibilizadas.
A ideia é que as instituições financeiras abram mão de algumas exigências para que os empresários consigam obter poder de mercado.
A proposta funcionará a partir da facilitação em operações de crédito realizadas ao longo dos próximos 6 meses, visando incentivar a negociação de dívidas por parte dos clientes institucionais e famílias de classe média.
Ao todo, o Banco Central planeja renegociar cerca de R$ 3,2 trilhões em créditos já concedidos. Segundo a instituição, serão público alvo os “financiamentos de empresas e famílias com boa capacidade financeira e que mantêm operações de crédito regulares e adimplentes em curso”.
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O BC alega que, se for aceita, a proposta possibilitará “ajustes de seus fluxos de caixa, o que contribuirá para a redução dos efeitos temporários decorrentes do Covid-19”.
Atuação do Ministério da Economia
Nessa segunda-feira (16), Paulo Guedes esteve reunido com sua equipe economia e demais parlamentares para poder estruturar as propostas. Segundo ele, as medidas que vêm sendo elaboradas deverão conter, temporariamente, os efeitos que a proliferação da doença vem gerando nos caixas das empresas.
— Vocês estão vendo uma interrupção de várias atividades, então algumas empresas podem ter problemas de fluxo de caixa. A reação do BC foi exatamente dizer que se uma empresa tiver, nos próximos meses, um problema de caixa, não necessariamente ela vai ter um ranking rebaixado – afirmou.
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Facilitação do crédito
Outra medida, também em análise, sugere a possibilidade de tornar a liberação de crédito ainda mais fácil. A proposta, lançada pelo Banco Central, tem como finalidade incentivar a contratação do serviço temporariamente, sendo financiado por meio dos “colchões de capital”.
A nomenclatura trata-se de uma reserva de recursos obrigatórios, utilizada durante o épocas de crise e instabilidade financeira. Se for validada, o BC prevê uma liberação de até R$ 637 bilhões para crédito.