FGTS poderá ser antecipado para estimular PIB brasileiro

A crise econômica continua vem prejudicando o consumo e o crescimento da economia brasileira, que mais uma vez está abaixo do esperado. Com o objetivo de estimular o crescimento do consumo e refletir no PIB, o governo considera novas medidas para liberar mais recursos do FGTS.

Um dos projetos em análise permite que trabalhadores que escolherem o saque-aniversario do FGTS, modalidade que permite retiradas anuais do fundo no mês de aniversario do contribuinte, possam antecipar os resgates em até três anos somente para operações de crédito.

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O total vai poder ser sacado em dinheiro, como por exemplo já acontece com antecipação da restituição do Imposto de Renda, ou também como garantia de empréstimo em bancos.

A expectativa é que em caso de aprovação, o saque-aniversário aumente o número de trabalhadores optantes por essa modalidade em cerca de 8 milhões de pessoas.

A Caixa informou em seu último balanço que apenas 2,616 milhões de contribuintes optaram por essa modalidade. Os que escolheram, poderão sacar R$3,676 bilhões no período entre abril desde ano até fevereiro de 2021, o que compreende ao calendário de retirada desta categoria de resgate.

Nas projeções feitas pela equipe econômica também indicam que a medida teria um potencial para alavancar R$ 100 bilhões de créditos em quatro anos.

Se conseguir aprovação, esta ampliação do acesso ao FGTS será a sétima medida anunciada pelo governo com intuito de estimular a economia desde julho do último ano. Em 2019, o Produto Interno Bruto (PIB), que significa a soma de produtos e serviços produzidos, cresceu um pouco mais de 1% pelo terceiro ano seguido.

Já consumo das famílias, grande impulsionador da economia, atingiu o pior desempenho desde o ano de 2016.

Tudo parece muito positivo, mas os analistas são mais cautelosos aos possíveis efeitos da proposta. O economista José Márcio Camargo, disse acreditar que ela terá algum efeito porque os trabalhadores mais pobres vão gastar todo o dinheiro.

Já os cotistas que contam com renda mais elevada devem economizar e migrar os recursos para outro tipo de aplicação mais rentável.

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Antônio Lacerda, professor da PUC-SP, diz que a medida é uma espécie de “Pequeno Sopro” com efeito marginal:

“O que move a economia não são medidas pontuais, mas o conjunto da política econômica. Os juros para os consumidores ainda estão muito altos, o desemprego elevado e a renda estagnada” afirmou.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.