Aneel reajusta cobrança da Ligth e Enel Rio

Valor da energia passará por modificações no Rio de Janeiro. Nessa terça-feira (10), a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou os projetos que alteram o preços das tarifas vindas da Enel e Light. Os novos valores começarão a valer a partir do dia 15 de março e resultarão em contas mais caras tanto para a indústria como para o setor doméstico. Confira as alterações por categoria.

Aneel reajusta cobrança da Ligth e Enel Rio (Imagem: Reprodução - Google)
Aneel reajusta cobrança da Ligth e Enel Rio (Imagem: Reprodução – Google)

Na taxa Enel, o reajuste médio será de 2,71%. Isso significa que, para os consumidores comerciais e residenciais, que utilizam a energia em baixa tensão, a conta ficará 2,48% mais cara. Já no caso daqueles que exercem alta tensão, como indústrias, entre outros, o reajuste médio será de 3,38%.

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Ao todo, a cidade conta com mais de 2,65 milhões de lares que usufruem da Enel. Segundo a diretoria administrativa da Agência, o motivo das contas ficarem ainda mais caras deve ser relacionado ao fato de que o custo de sustentação da usina Itaipu está mais caro, devido as modificações do dólar.

Tarifa Light

Para esse grupo, o reajuste aplicado pela Aneel será ainda mais elevado, ficando em 6,21%. No caso do consumo doméstico, os cariocas terão que arcar com suas contas 5,98% mais caras. Já para o mercado, a correção será de 6,73%.

Quanto ao número total de consumidores da tarifa, são cerca de 4,1 milhões de unidades, distribuídas em 32 municípios do Rio de Janeiro.

A justificativa de aumento para esse grupo também levou em consideração a instabilidade da moeda americana e seus reflexos na usinas.

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Segundo dados da própria Aneel, a tarifa de energia do estado do Rio de Janeiro é a segunda mais cara do país, ficando atrás apenas do Pará, que tem um valor fixado em 0,684 R$/kWh.

Mediante a esse cenário, há um projeto de lei em discussão na Câmara dos Deputados que tem como finalidade alterar essa realidade e tornar a taxação mais barata.

A proposta visa obter recursos por meio das próprias empresas distribuidoras, de modo que permita que o consumidor tenha a autonomia de escolher qual o tipo de energia e distribuidor que deseja consumir.

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Doutoranda e mestra em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a coordenação de edição dos Portais da Grid Mídia e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas socias e economia popular. Iniciou sua trajetória no FDR há 7 anos, ainda como redatora, desde então foi se qualificando e crescendo dentro do grupo. Entre as suas atividades, é responsável pela gestão do time de redação, coordenação da edição e analista de dados.