Licença maternidade para mães de prematuros pode ser estendida

Projeto de Lei poderá aumentar o tempo de licença maternidade para mães de crianças pré-maturas. O Supremo Tribunal Federal está avaliando uma proposta, sugerida pela deputada federal Marina Santos, que tem como objetivo prorrogar o afastamento empregatício para mulheres que tenham crianças antes dos 9 meses de gestão. Segundo o texto, trata-se de uma questão de direitos humanos que visa segurar a vida da criança e de sua genitora.

Licença maternidade para mães de prematuros pode ser estendida (Imagem: Reprodução - google)
Licença maternidade para mães de prematuros pode ser estendida (Imagem: Reprodução – google)

A deputada, também médica, argumenta que o aumento do prazo é fundamental para que a mãe dê suporte ao menor. Segundo ela, deixar o filho no hospital representa riscos ao seu desenvolvimento, uma vez em que pesquisas comprovam que a presença materna auxilia da promoção da saúde.

A mulher só pode exercer a maternidade com plenitude quando ela e a criança estão saudáveis. Essa plenitude não existe dentro do ambiente hospitalar. Além de uma questão de saúde, se trata de justiça com essa mulher e, principalmente, com essa criança”, afirmou.

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O texto do projeto sugere que em caso de bebês prematuros a licença seja iniciada apenas a partir da alta hospitalar de ambos, a depender de quem for liberado por último. Nos casos em que a mãe tiver alta, mas o filho permaneça internado, a proposta solicita que esse afastamento se prolongue até que o menor seja liberado.

Para validar a ação, a deputada argumenta que, no caso dos prematuros, a contagem de dias é menor do que o tempo realmente necessário para a integração familiar. Isso porque, ao iniciar a licença maternidade antes, enquanto a criança ainda está no hospital, as famílias não vivenciam os 6 meses de estreitamento de laços efetivos.

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É importante que o STF defina uma interpretação constitucional da legislação que se adeque a essa realidade, garantindo o respeito aos dispositivos constitucionais que consagram a indispensabilidade da proteção à maternidade, à infância, e ao convívio familiar”, diz o advogado Rodrigo Mudrovitsch, que assina a ação.

O projeto seguirá em análise do STF e deverá ser avaliado em breve. No entanto, ainda não foi liberado um prazo para a sua votação.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.