Valor do Benefício de Prestação Continuada (BPC) poderá ser reajustado para R$ 2.090 se o 13° salário for aprovado. Ao longo dessa semana, entre as pautas do Senado, está o projeto que tem como finalidade fixar um pagamento extra para o Bolsa Família e também para o salário do BPC. Se a medida for aprovada, modificará o valor do auxílio, fazendo com que seus beneficiários recebam quantias maiores no fim do ano.
O texto ainda está em situação de análise, mas inicialmente foi aprovado pela Comissão Mista. Segundo o seu relator, o deputado Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a iniciativa beneficiará milhões de brasileiros que atualmente vem encontrando dificuldades para poder usufruir do benefício, devido à crise do INSS.
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No entanto, apesar de seu caráter positivo, a medida tem sido rejeitada por uma parcela significativa dos parlamentares, sob o argumento que atropelará a folha de pagamentos do governo federal.
Entre as representantes em posição, a deputada Bia Kicis (PSL-DF), se esforçou para que a validação da proposta fosse adiada. Segundo ela, a liberação de uma 13° parcela resultará em um esforço financeiro muito grande que deverá prejudicar o desenvolvimento da economia nacional.
A parlamentar alega que não há recursos o suficiente para duplicar o salário do BPC em dezembro, e relembra que o governo está passando por uma série de reformas. Inclusive dentro do próprio INSS e do Bolsa Família, que precisam ser analisadas e estabilizadas antes de liberar novos recursos.
Em entrevista ao UOL, a vice-líder alegou saber que a aprovação beneficiaria pessoas carentes, mas que não se pode cometer suicídio eleitoral.
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“O presidente conseguiu inaugurar um benefício do 13° para as pessoas mais carentes e, evidentemente, o presidente não é maluco nem comentará suicídio eleitoral [acabando com o benefício]. Temos interesse de tornar o benefício como uma política de estado, mas tem que ser algo feito com responsabilidade para não cometer pedaladas.” defendeu Kicis.
A proposta de criação do 13° salário do BPC veio junto com a medida validada por Jair Bolsonaro, no ano passado, para cumprir sua promessa de campanha de ofertar um pagamento extra ao Bolsa Família. O recurso foi liberado durante o mês de dezembro, mas até então não deveria ser prorrogado.
Hoje, podem receber o BPC idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência que comprovem renda per capita de até 25% do salário mínimo nacional. O valor de pagamento é de no máximo R$1.045 por mês.