Aposentadorias do INSS representam mais de 25% do PIB em 693 cidades

Idade dos brasileiros altera o desenvolvimento do Produto Interno Bruto. Um levantamento realizado pelo portal Globo, mostrou que cerca de 25% do PIB nacional está baseado nos valores referentes as aposentadorias do INSS. O estudo relevou que mais de 693 cidades tem como maior renda a liberação dos benefícios previdenciários, comprovando que o envelhecimento nacional vem crescendo cada vez mais.

Aposentadorias do INSS representam mais de 25% do PIB em 693 cidades
Aposentadorias do INSS representam mais de 25% do PIB em 693 cidades (Imagem: Reprodução / Google)

Até 2010, os valores do INSS tinham uma significância de 7% no PIB, entretanto, mesmo com o desenvolvimento da economia, o país segue se encaminhando para uma disparidade de faixas etárias, tendo como maioria uma população mais velha.

Além das aposentadorias do INSS, há uma grande movimentação por parte de auxílios como pensões e auxílios doenças, que de modo geral, também têm como contemplados, em sua maioria, idosos.

Leia também: Aposentadoria do INSS pode ser antecipada com essa lista de documentos

Mediante a estes números, especialistas na previdência afirmam que mesmo com uma população nitidamente mais velha, essa desvalorização no PIB também deve ser associada a crise econômica, entre 2015 e 2016, que reduziu as estatísticas em mais de 6%.

Outro motivo levado em consideração e apontado por eles é a expansão dos benefícios previdenciários. Ao longo dos últimos anos, o INSS ampliou seus auxílios, ofertando mais de 34,5 milhões de aposentadorias para aproximadamente 120,5 milhões de pessoas.

Ao unir a crise econômica com a aceitação do INSS, os auxílios acabaram tornando-se fonte principal de renda das famílias, alterando o PIB. Somente em 2017, em 4.101 das 5.570 cidades brasileiras, os pagamentos previdenciários ficaram maiores do que os valores de transferências do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Leia também: Saque aniversário do FGTS: entenda quanto pode receber nesta modalidade

Não é apenas uma questão sazonal, é uma tendência. Nesses municípios não são oferecidos empregos de qualidade, não há indústria ou serviços de ponta, e os empregos são precários — explicou Álvaro Sólon, autor do livro “A Previdência Social e a Economia dos Municípios”.

As cidades que mais dependem do INSS são aqueles que contem até 50 mil habitantes, tendo como principal atividade econômica a administração pública.

No Nordeste, há o maior registro de beneficiários. Já no Sudeste, municípios com cerca de 100 mil habitantes são os que mais se enquadram na lista. Há regiões em que existe uma dependência dos benefícios de 70%, como Paulistana, no Piauí.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
Sair da versão mobile