INSS investiu nos servidores para diminuir fila de pedidos

Em meio a crise na fila de concessão de benefícios do INSS, Instituto Nacional do Seguro Social, órgão investe no pagamento de bonificação aos servidores para tentar diminuir o número grande de espera. Só no segundo semestre do ano passado, de acordo com dados divulgados, foram cerca de R$ 48,7 milhões de bônus por produtividade.

INSS investiu em bonificação para diminuir fila de pedidos (Reprodução/Internet)
INSS investiu em bonificação para diminuir fila de pedidos (Imagem: Reprodução/Internet)

Atualmente, há cerca de duas milhões de pessoas esperando para ter o seu benefício liberado no INSS. Mesmo com a bonificação, o número não diminui. As informações foram publicadas pelo portal Metrópoles, com acesso a Lei de Acesso à Informação (LAI).

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Em resposta, o INSS detalha que não sabe dos dados relativos à media de bônus pago por servidor. Em contrapartida, o órgão detalha que pelo menos 7,8 mil servidores ficaram dedicados exclusivamente à análise de benefícios. Já no primeiro semestre de 2019, eram 3 mil, segundo informou a própria autarquia.

Já aqueles que terminam e completam o processo de concessão receberam R$ 57,50, os responsáveis pelas perícias foram bonificados com R$ 61,72.

O esquema de pagamentos é medido através de pontos mensais, sendo concedidos nestes casos para aqueles que ultrapassaram a marca de 90, conforme previsto na Resolução nº 675.

Este sistema é formulado da seguinte forma: a cada procedimento concluído, o servidor recebe uma pontuação. Por exemplo, pela conclusão de processos com indícios de irregularidade vele dois pontos. Já o servidor que concluiu a análise de uma aposentadoria ganha um.

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Alguns pontuam que o bônus sob a produtividade foi colocado em prática mediante a incapacidade do governo federal de realizar a abertura de um concurso público, desta forma, apesar de o INSS admitir a necessidade de novos 13,5 mil funcionários. A ideia era acelerar o processo, e um concurso levaria tempo demais até obter os resultados.

A reportagem do portal entrou em contato com o INSS, mas o órgão preferiu não responder sobre o dinheiro investido. Mas, em nota enviada admitiu o “significativo acúmulo” de requerimentos de benefícios pendentes de análise.

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