Operações no mercado brasileiro voltam a funcionar, após recesso de carnaval, e registram uma queda de 7% no Ibovespa. Segundo os especialistas, o motivo da redução está associado ao atual cenário de saúde pública, com a proliferação do cononavírus. A situação também refletiu na cotação do dólar comercial que acompanhou o dólar de turismo. Nesta quarta-feira (26) a moeda chegou a R$4,91.
Também na quarta-feira o índice de referência da Bolsa de São Paulo apresentou uma queda de 1,9% em sua abertura. Ao longo do dia, após a confirmação no primeiro caso da doença no país, foram reduzidos 105.718, sendo a maior perda nacional desde 18 de maio de 2017, quando a Bolsa caiu 8,8%.
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Esperando uma forte desvalorização, o Banco Central se antecipou e antes mesmo da retomada de atividades do feriado, anunciou um leilão de 10 mil contratos de swap cambial, com o valor de US$ 1,5 bilhão para esta sessão. A ação foi realizada no começo da tarde e não foi o suficiente para contar a elevação da moeda.
Dólar de turismo
Nas casas de câmbio do país o dólar de turismo chegou a R$4,91, como mencionado, e o euro alcançou o patamar de R$5,36.
Segundo informações do portal O Globo, as casas de câmbio do estado do Rio de Janeiro negociavam o preço do dólar a R$ 4,59 e R$ 4,67. Nesse valor, estava incluso o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que é de 1,1%.
Esse tipo de denominação para a moeda americana é usada para cobrir transações feitas justamente por turistas. Incluindo passagens aéreas, compras no exterior, troca do real nos aeroportos e etc. Esta opção é exclusiva das casas de câmbio.
Confira, nas principais instituições, quanto custou a moeda chegando a um patamar histórico:
- Casa Câmbio: R$ 4,65 em espécie, e R$ 4,81 no cartão pré-pago;
- DG Corretora: dólar em espécie a R$4,63, e no cartão pré-pago R$4,91;
- Confidence Corretora: dólar em espécie a R$4,67 e a R$4,91 no cartão pré-pago;
- Casa Franca Turismo Câmbio: dólar em espécie a R$ 4,60. A empresa na oferece o pagamento em cartão pré pago.
Impacto do vírus na economia nacional
Após a confirmação da primeira infecção, anunciada pelo Ministério da Saúde, os economistas afirmam que o mercado nacional será afetado.
Segundo eles, a situação irá interferir nas exportações e demais poder de compra e venda para com outros países que também encontram-se desestabilizados.
“A situação ficou pior do que já estava. A economia global está afetada, as commodities estão caindo e as exportações para a China tende a ser mais reduzidas ainda. Todo esse arcabouço afeta as exportações brasileiras, sejam aquelas que vão para Pequim ou não, uma vez que os produtos serão vendidos por um preço menor devido à queda das commodities”, alertou Alberto Ramos, economista-chefe para América Latina do Goldman Sachs.
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Quanto a proliferação da doença e como isso modificará a rotatividade no setor financeiro, o economista Goldman afirma que é preciso ter calma e avaliar se haverá confirmações de outros casos.
Ele defende que até então as estatísticas e levantamentos estão baseados em rumores e ruídos do próprio mercado, mas que será preciso esperar a adoção de medidas de contenção para poder avaliar o impacto das atividades econômicas.
“Autoridades internacionais já pediram para a população ficam em casa, fecharam estradas e até estenderam feriados e a volta às aulas. Essa restrição social causa rupturas e influencia negativamente nos fluxos econômicos”, explicou.