Compra internacional com cartão de crédito vai considerar dólar do dia da aquisição

Instabilidade do dólar modifica forma de compra internacional. Na última semana, o Banco Central informou que os consumidores poderão ter as despesas internacionais de seus cartões de crédito taxadas de acordo com o dia em que foram realizadas. Até então, a cobrança levava em consideração o dia do fechamento da fatura.

Compra internacional com cartão de crédito vai considerar dólar do dia da aquisição (Imagem: Reprodução - Google)
Compra internacional com cartão de crédito vai considerar dólar do dia da aquisição (Imagem: Reprodução – Google)

A medida vai passar a valer a partir da próxima semana, no dia 1° de março. Agora, ao efetuar uma compra em dólar, o titular do cartão poderá escolher se deseja pagar o valor da moeda americana no dia em que fez a compra ou no fechamento da fatura.

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Segundo o BC, a decisão vem levando em consideração a instabilidade da moeda e tem como objetivo priorizar uma maior segurança para os compradores. A instituição alega que ao selecionar o valor da moeda em um dia exato, o consumidor saberá quanto deverá desembolsar e assim evitará maiores surpresas em seu orçamento.

Desse modo, as instituições financeiras deverão passar, obrigatoriamente, a oferecer as duas categorias e deixar a escolha à encargo de seus clientes. Até então, o banco era responsável por determinar o dia do pagamento de acordo com as mudanças do dólar.

 “A situação atual para a maioria dos clientes é de: dificuldade para prever o valor em reais a ser desembolsado no dia do pagamento da fatura; fatura sem uniformidade nas informações e de difícil compreensão; e reduzida possibilidade de comparação das taxas de conversão praticadas pelos emissores de cartão, o que desestimula a competição”, informou o BC ao liberar o documento com as novas regras.

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De março em diante, as faturas com compra internacional deverão apresentar:

  • A discriminação de cada gasto, com no mínimo sua data, a identificação da moeda estrangeira e o valor na referida moeda;
  • O valor equivalente em dólar na data de cada gasto;
  • A taxa de conversão do dólar para reais na data de cada gasto;
  • E o valor em reais a ser pago pelo cliente.

Especialistas afirmam que de fato é uma opção mais segura e permitirá que os brasileiros tenham uma participação mais estável no mercado estrangeiro, tendo em vista que conseguirão calcular o valor real de seus investimentos.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.