Os subsídios do programa Minha Casa Minha Vida, que funcionam como uma ajuda que o FGTS dá às famílias com renda entre R$ 2.600 e R$ 4.000 na hora de ter acesso ao financiamento, sofreu cortes expressivos. Essa foi uma das aprovações do governo, durante a reunião do Conselho Curador do FGTS, nesta quarta-feira (dia 19).
Um outro corte que preocupa os beneficiários do programa, é em relação ao novo orçamento do MCMV. A partir de 2021, haverá um corte de R$ 500 milhões por ano até 2023.
Ou seja, no ano de 2020 o valor para subsídios é de R$ 9 bilhões. Para 2021, o montante cairá para R$ 8,5 bilhões; R$ 8 bilhões, em 2022; e R$ 7 bilhões, no ano de 2023.
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De acordo com o jornal O Globo, durante a reunião, o conselho aprovou o valor que o FGTS repassará à Caixa Econômica Federal a titulo de remuneração como agente operador único das contas dos trabalhadores. Ao todo, o valor repassado ao banco será de R$ 2,643 bilhões, dividido em 12 parcelas.
O cálculo é baseado no patrimônio do fundo durante o mês de dezembro do ano anterior e segue a nova lei do saque do FGTS, que reduziu o percentual do patrimônio de 1% para 0,5%, desde de janeiro de 2020.
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Desde que o programa Minha Casa Minha Vida foi criado em 2009, até o ano de 2019, o FGTS concedeu R$64,897 bilhões em subsídios. Até o início de 2019, 5,5 milhões de unidades habitacionais haviam sido entregues aos beneficiários.
Hoje, o programa ainda vive uma crise em seus sistemas. Segundo a Caixa Econômica, responsável pelos financiamentos, por conta do atraso nos repasses de verba mais de 2 mil famílias deixam de entrar no Minha Casa por dia.
Para tentar dar fôlego ao sistema, o novo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, conseguiu a liberação de 47 milhões de reais para uso do programa.