Ameaça para os beneficiários das faixas do Minha Casa, Minha Vida de número 2 e 3. Em entrevista, o secretário de Competitividade do ministério da Economia, Carlos Da Costa, afirmou que não vê sentido a existência das categorias de financiamento levando em consideração o atual cenário de juros no país. Para ele, a categoria está ameaçada e precisa ser reavaliada de modo que possa operar de outra forma.
Costa defendeu que mesmo sob a atual instabilidade do programa, levando em consideração as últimas decisões do governo federal, encerrar as atividades de financiamento está fora de cogitação. Segundo o secretário, a decisão prejudicaria tanto os beneficiários quanto o mercado imobiliário.
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“Não dá para fechar a porta do Minha Casa, Minha Vida de uma hora para outra, senão as empresas quebram”, disse Costa, se referendo as principais empreiteiras em atuação no MCMV, sendo elas: MRV Engenharia, Tenda, Direcional Engenharia e Cury.
Ele lançou como uma possível solução, a possibilidade de ter um financiamento ligado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o que hoje já existe para os clientes comuns da Caixa Econômica Federal.
Deste modo possibilitaria que as duas faixas não sejam mais necessárias, mas sem ameaçar a existência do programa. Alegando as vantagens em fazer o parcelamento da propriedade com a taxa já reduzida.
É válido ressaltar que as modalidades 2 e 3 do MCMV são destinadas para os brasileiros com renda maior, embora ainda não apresentem condições de classe média ou alta.
Nessas faixas do Minha Casa Minha Vida se enquadram aqueles com renda máxima de R$4.000 e R$7.000, respectivamente.
Entre os pré requisitos para o financiamento das categorias é preciso comprovar a baixa renda. Ao pôr fim ao benefício, o governo federal estará desamparando o sonho de milhares de trabalhadores de terem a casa própria.
Sobre o Minha Casa, Minha Vida
Trata-se do maior programa habitacional do país, responsável por fornecer moradia por meio de financiamentos que apresentam um melhor custo benefício.
Para ser um cadastrado, é preciso atender aos pré-requisitos de renda que variam de acordo com as faixas do Minha Casa Minha Vida, sendo a 1 destinada para os mais pobres e a 3 para aqueles com melhores condições financeiras.
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Desde o ano passado, o projeto vem passando por reformulações que resultaram no entrave da liberação dos imóveis já prontos e dos recursos para aqueles que tiveram seus cadastros aprovados. O principal motivo da crise diz respeito ao valor de R$ 72 bilhões fornecidos pela União, que deveriam ser de mais de R$ 256 milhões.