‘Verde e Amarelo’ ganha prorrogação no Congresso e aguarda votação

Programa Verde e Amarelo tem sua validação adiada por mais 60 dias. Nessa quarta-feira (12), o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), prorrogou por mais dois meses a MP (Medida Provisória) que institui o contrato de trabalho “Verde Amarelo”. O comunicado foi feito por meio de uma publicação no Diário Oficial da União.

'Verde e Amarelo' ganha prorrogação no Congresso e aguarda votação
‘Verde e Amarelo’ ganha prorrogação no Congresso e aguarda votação (Imagem: Reprodução – Google)

O projeto foi lançado em novembro de 2019 e, apesar de já estar alterando o cenário nacional no que diz respeito às normas de trabalho, ainda precisa ser aprovado pelo Congresso até se tornar uma lei. Caso até o fim do prazo estipulado, os parlamentares não aceitarem as propostas, o programa perderá sua validade.

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Verde e Amarelo

Trata-se de um projeto, desenvolvido pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, que tem como objetivo incentivar a contratação de jovens no mercado de trabalho.

O estímulo se dá, entre outras coisas, por meio da isenção e diminuição de algumas taxas, por parte do empregador que terá uma mão de obra mais barata.

Segundo o ministério da economia, espera-se a contratação de cerca de 1,8 milhão de brasileiros até o final de 2022, mas especialistas afirmam que nesse primeiro momento apenas 271 mil (cerca de 15%) serão beneficiados.

Uma das críticas ao texto diz respeito ao seguro desemprego, que no programa será utilizado para compensar os incentivos tributários concedido às empresas contratantes. Os desempregados poderão ter em suas parcelas descontos do INSS, mas o Congresso trabalha para que essa medida seja opcional.

Outra insatisfação também em debate é sobre a carga horaria de trabalho, que permite a realização de serviços nos domingos e feriados.

Por fim, o trabalhador enquadrado na categoria também terá salários abaixo do mercado e não estará devidamente segurado, conforme as leis trabalhistas.

Quais são os critérios para participar?

  • ter entre 18 e 29 anos e estar no primeiro emprego (trabalho avulso, intermitente, menor aprendiz e contrato de experiência não contam como primeiro emprego)
  • vagas que paguem até 1,5 salário mínimo (R$ 1.497, em 2019)
  • empresas podem preencher até 20% das vagas pelo programa

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O tempo dos contratos irão durar até 2 anos, entretanto o governo estuda ainda a possibilidade de estender esse prazo, caso seja de interesse do empregado e do empregador.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.