Apesar de anunciar diversas reformulações que irão beneficiar os cadastrados do programa, o governo federal está dificultando a entrada de novos brasileiros por meio da inscrição no Bolsa Família. Acumulando uma fila de aproximadamente 494.229 pedidos. Até julho do ano passado a lista de espera estava zerada, sendo atualmente a maior desde 2015.
Segundo o ministério da cidadania o motivo do entrave diz respeito ao orçamento disponibilizado para custear os pagamentos dos auxílios.
Além disso, o governo alegou também que será preciso esperar o desligamento de mais beneficiários na ação pente-fino para que novos cadastros possam ser aprovados.
Veja também: Reajuste no Bolsa Família vai aumentar faixa de renda dos beneficiados em 2020
Aquelas que fizeram a inscrição no Bolsa Família, mas estão nas filas de espera, já tiveram seus cadastros aprovados no Cadastro Único e comprovaram, por meio da documentação solicitada, que se enquadram as regras para o recebimento do benefício.
São famílias com uma renda mensal de R$ 89 por pessoa, tendo filhos menores de idade, gestante, entre outras características. Segundo a legislação do projeto, ele tem como objetivo ajudar financeiramente os brasileiros que estão enquadrados em uma situação de pobreza e extrema pobreza.
As informações sobre a fila foram levantadas pela revista Veja, e publicadas nos demais portais. A análise foi feita por meio Lei de Acesso à Informação.
Mostrando que entre janeiro de 2018 e maio de 2019, a média mensal de novos benefícios concedidos era de 261.429. Desde junho, esse número caiu drasticamente, e hoje é de 5.667.
Quanto ao número de espera, em 2018 a fila estava totalmente zerada. E até o fim de 2019 foram contabilizados, pelo menos, 494.229 pedidos esperando autorização.
Ao ser questionado sobre a situação e o porquê do entrave, o ministério da cidadania informou que está trabalhando para limpar a ficha de cadastrados, desligando aqueles que apresentam esquema de fraude.
Após o fim da ação é que dará início a aceitação de novas inscrições, uma vez em que terá mais recurso para financiamento.
Osmar Terra, atual ministro, mencionou também as medidas que estão sendo estruturadas para 2020, que têm como objetivo aumentar o valor dos auxílios e criar novas gratificações.
Segundo ele, as ações precisarão também ser enquadradas no orçamento do programa e por isso, nesse momento, não está aceitando novos pedidos. Trata-se de uma organização interna para que o Bolsa Família volte a operar de forma mais eficaz, defendeu.