Nesta segunda-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro declarou que pretende elevar, ainda neste ano, a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR). Com a mudança, trabalhadores que ganham “próximo de R$ 2 mil” por mês serão beneficiados.
Caso aprovada, a nova atualização será válida para o IR do próximo ano. Por sua vez, a elevação do teto de isenção se aproxima do valor que vigorou na última declaração, em 2019, que era de R$ 1.903,98. Profissionais que somassem renda mensal neste valor estariam isentos da declaração.
De acordo com o presidente, a alteração visa cumprir as promessas detalhadas durante o período eleitoral, no qual o aumento da faixa da isenção para o imposto estava incluído.
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Em entrevista à rádio Itatiaia, Bolsonaro detalhou que um de seus desejos era entregar, durante o seu governo, a isenção para aqueles que ganhassem até R$ 5 mil. O político ainda informa que está trabalhando para ainda em 2019 a isenção chegue aos R$ 2 mil. Quando questionado sobre as pressões sobre o índice de R$ 5 mil, Jair é enfático ao detalhar que até o final do governo pretende entregar o valor.
A tentativa de aumentar o limite para R$ 5 mil provocaria reações na arrecadação do Imposto de Renda. De acordo com o Ministério da Economia, o cálculo projeta que o governo deixaria de receber cerca de R$ 60 bilhões por ano com a decisão.
Para tentar contornar e defender sua ideia inicial da faixa próxima de 5 mil reais, o presidente afirma que houve reações, mas acredita que seus “argumentos” serão ouvidos por parte de sua equipe econômica.
O presidente durante entrevista ainda informou que existem reações por parte da equipe econômica. Ele esclarece que, mesmo com a sua insistência em obter a isenção pretendida, não irá constranger a equipe econômica, muito menos a Receita Federal. “Acredito que os meus argumentos sejam ouvidos por parte deles, apesar de eu não entender de economia”, finaliza Bolsonaro.